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Corpos para um vitral reúne contos que falam da vida, morte, amor e sexo

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Escritora convida leitor a conhecer um mundo de palavras

Mestre em Teoria Literária pela UFSC, Ana Júlia Poletto desvenda o significado das palavras em seu mais novo livro publicado pelo selo Novos Talentos da Literatura Brasileira.
Corpos para um vitral, sua terceira obra publicada, é uma homenagem singela ao poeta Herberto Helder e convida o leitor a se ajeitar na cama e embarcar em uma narrativa poética repleta de confissões de medos, mentiras e verdades.

Sinopse: “Puxe uma cadeira e sente. Melhor: vá para a cama, ajeite os travesseiros e recoste com toda calma. Elimine a pressa, os pensamentos velozes: não quero isso. Se tiver coragem, encomende um caixão, deite nele, entre velas e suspiros. Respire fundo. Não, não morra. Não ainda. Prevejo uma vida muito longa para você. Por que o caixão? Porque não quero pressa. Quero que você deixe até a morte de lado, ou dentro, ou com você. Quero seus olhos só para mim; minha é agora sua atenção, sua vida me pertence. Mas não utilize como parâmetros o meu longe-perto-longo-curto, porque meu tempo é outro. Corpos para um vitral é uma coletânea de contos que convida o leitor a enveredar pelo mundo das palavras, do significado, da compreensão.”

Entrevista feita pela editora com a autora:

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Novos Talentos: Corpos para um Vitral é uma seleção de contos. Como foi o processo de formatação do livro?
Ana Júlia: Na verdade não considero uma coletânea de contos, mas uma narrativa, onde dialogo com o leitor. Os capítulos vão num crescente-desalinhado, numa tentativa de mostrar um livro-amante.

NT: No começo de cada capítulo você cita algum poema ou trecho de poemas Herberto Helder. O que o poeta representa para você? Seus contos foram baseados em seu trabalho?
AJ: Considero Herberto Helder um dos maiores poetas… Ter lido a sua obra abriu um horizonte que eu ainda desconhecia. Considero-me uma leitora voraz, mas H.H. me arrebata de forma vertiginosa, e posso dizer que fui uma pessoa antes, e sou outra depois da leitura dele. Sim, o livro é uma homenagem singela ao poeta.

NT: Além de um encontro com o mundo das palavras, o que mais os leitores podem esperar de seu livro?
AJ: A paixão pela leitura. Uma confissão de medos, mentiras e verdades a respeito dos pensamentos íntimos de uma leitora apaixonada. Coleciono palavras.

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NT: Quais são suas influências literárias? Como podemos encontrá-las nos seus contos?
AJ: Assim como considero o “Corpos para um vitral” um entrelaçado diálogo entre escritora e leitor, ou até mesmo, um monólogo meu com o poeta H.H., dentre meus escritores de cabeceira posso citar alguns: Joyce, Clarice Lispector, Virgínia Woolf. Guimarães Rosa e Mário Quintana. Mas daí a dizer que os leitores podem encontrá-los em meu texto seria muita pretensão de minha parte…

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