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Corri quando não era para correr, voltei quando deveria ter ficado.

Já fui de escrever todos os dias, me trancar em diálogos que aconteciam no papel e dentro da minha cabeça.
Já fui de procurar ajuda e acabava resolvendo sozinha todas as questões esquecidas. Já fui de dar mais atenção aos meus sonhos, já fui de tanta coisa que poderia escrever alguns bons livros só com aquilo que já fui e hoje não me tornei.

Quando estou triste me pego lendo diálogos que escrevi em um velho diário que mantenho online. Nunca mostrei pois não é algo que escreva para o outro e sim pra mim. É a forma de recorrer ao passado e me lembrar daquelas pequenas dores que já me curei para salvar o pouco da certeza que resta.

Pareço dramática?

Me sinto mais melancólica.

O horóscopo sempre disse que isso era a culpa de ter nascido em capricórnio. Nasci com um desejo grande de vencer, sou uma mulher que trabalha e conquista tudo o que quer. Mas isso tem um preço. Carrego a melancolia comigo, ela nasce e eu nem vejo..

Quando noto está ai.

Nessas horas eu leio aqueles trechos de diálogos que escrevi e me lembro que já estive assim e da mesma forma que cheguei eu sai. Acho que deixo a porta aberta e esse é o motivo pelo qual eu volto sem perceber, quando noto estou deitada no sofá como se aqui realmente fosse a minha casa.

Pareço triste?

Me sinto acostumada.

Me deixa te contar sobre aquele diálogo que insisto em falar e esqueço de transcrever. Nele eu lembro muito bem, falei que voltava e que não adiantava o tempo que ousasse em passar. Eu sempre vou voltar para escrever, escrever em palavras pesadas que é apenas assim que eu prendo meus medos, demônios ou seja lá como na sua crença você os chame. É escrevendo que eu me exorcizo e escuto o som do mar.

Pareço estranha?

Me sinto brava.

Mas finalmente te deixo o diálogo, não espere que ele seja bom, desculpe se criei expectativa. É que as vezes sonho demais e quando fecho meus olhos e posso me sentir,  estou viva. É como ouvir uma música bonita com  frases em um tom de azul. Eu geralmente comparo músicas com cores, cores que me fazem bem… Ou mal. Como marrom que geralmente me deixa triste e o azul, que me deixa calma.

– Parece que você voltou. O que te trouxe até aqui?
– Os mesmos erros que me levaram embora talvez. Acho que quando fugi da escrita. A mente surtou e precisou me mostrar que eu precisava resolver meus problemas de qualquer jeito.
– Acha que vai dar certo?
– Não.
– Também achei que você diria isso, mas melhor não desistir.
– Não vou.

Sou capaz até de ouvir algum barulho do mar. Façam silêncio, isso… Escutem comigo.

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