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Early Acess: comprando uma possibilidade

Eu quero perguntar, primeiramente, aos leitores do Pausa que seguem outros colunistas, de livros ou de séries, tanto faz, qual seria a opinião de vocês se essa sua mídia de entretenimento lançasse um produto que ainda não foi terminado, com a desculpa de que você pode ajudar os criadores desse conteúdo a terminar o projeto. Um livro faltando alguns capítulos ou personagens, um filme de super-heróis faltando os efeitos especiais, um seriado faltando personagens ou cenas. Sim, eu sei que isso seria chato, aliás, a comunidade de jogadores sabe como isso esta sendo chato.

A nova tendência, aparentemente, da indústria é o Early Acess, onde você paga quase o preço normal de um jogo completo em um produto ainda não finalizado. Quase como um beta teste, os jogadores que se atreveram a fazer essa compra podem jogar um game plano, faltando com suas principais características e reportar aos desenvolvedores sobre bugs e outras coisas a serem consertadas ou adicionadas ao jogo. No básico, estamos pagando para fazer o trabalho deles.

Talvez alguns de vocês não lembrem, ou não ouviram falar, mas Minecraft foi o primeiro game dessa leva. Eu tive a oportunidade de jogar as primeiras versões alpha do game, por meios do lado negro da força, e ele mudou muito desde então. Mas por que Minecraft deu certo? Seriam seus gráficos? Seu tipo de jogabilidade inédita? Não sei bem ao certo, mas o fato é que nenhum outro jogo conseguiu tamanha façanha de ser lançado antes de estar completo e ainda assim fazer sucesso.

Essa tendência se mostra mais justamente nos jogos de sobrevivência. Rust, 7 Days to Die, Starbound, Nether, etc, são todos games onde você deve sobreviver e montar sua base, deixando sua criatividade solta em meio a um ambiente hostil. Apesar desse gênero já quase poder se chamar early survival (espero, muito, que The Forest não siga esse caminho), essa malandragem marota não cabe apenas à ele. Recentemente, jogadores tem reclamado que a nossa tão amada e gloriosa EA (sarcasmo intencionado) lançou Battlefield 4 exatamente assim, porque já criou patches e mais patches pra corrigir a bagunça técnica que veio de brinde com o produto.

Rust é outro exemplo de jogo que ainda não esta pronto

A verdade é, você contestando o que é verdade ou não, que isso é desonroso, uma prática que cospe na cara dos próprios consumidores. A linha entra beta teste e demonstração gratuita esta sendo manchada e isso é apenas mais uma das coisas que esta errada nessa indústria. Não sou a favor de pirataria, nem mesmo nesse caso, prefiro esperar que o jogo fique pronto de fato, mas é exatamente esse tipo de atitude que faz as pessoas simpatizarem mais com o lado negro da força.

ESSE POST FOI ESCRITO PELO COLUNISTA  JHOW

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