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[HQ] American Vampire – Vol 2

A continuação da série de Scott Snyder não conta com a participação de Stephen King, mas não diminui a velocidade e consegue superar o primeiro volume.

O desenvolvimento dos personagens apresentados na história original cresce de um jeito interessante que consegue manter o leitor curioso e na torcida pelos seus personagens favoritos.

A história continua sendo narrada através dos dois arcos principais, um com Skinner Sweet e outro com Pearl Jones em evidência.

Skinner

O chefe da polícia de Las Vegas começa a investigar os estranhos assassinatos envolvendo os sócios responsáveis pela construção multimilionário de uma represa. A investigação vai contar com a participação de alguns velhos conhecidos do leitor e vai nos levar através de suspeitos e tramas de poder.

Nota 10 para a monstruosidade de Skinner que permanece firme e forte. É agradável ver os vampiros como criaturas crueis e impiedosas a serem enfrentadas e destruídas e, apesar de eu ser uma ávida tiete de Sweet, ainda assim é espetacular assistir meros mortais tentarem ser mais grandiosos do que o senso comum para tentar superar seus inimigos infinitamente mais poderoso. Quase dá vontade de torcer por eles.

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Um ponto negativo, na minha opinião, foi a decisão de Snyder de colocar uma personalidade estourada para a jovem senhorita Book. Acho que criou uma ou outra cena exagerada e desnecessária que quebraram o clima coeso e sóbrio da história como um todo.

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Pearl

Eu gosto quando o modo como a história é contada acaba se tornando parte do desfecho da narrativa e o arco de Pearl traz esse elemento de um modo palpável e lindo de assistir.

Pearl está vivendo em paz com seu marido Henry em um local afastado de toda a loucura sobrenatural. Mas a loucura sobrenatural insiste em seguí-los. E uma personagem que todos acreditavam destruída vai voltar buscando vingança.

Duas coisas nesse arco merecem uma menção especial.

1. O desenvolvimento das personalidade de Pearl e Henry

Através de cenas com narradores intercalados podemos conhecer melhor como cada um pensa, o que ajuda o leitor a entender melhor o funcionamento de cada um deles e a compreender as decisões tomadas.

2. A modo de contar a história interferindo no desfecho

O modo como a tensão cresce ao longo da história não seria possível se não fosse por um detalhe relacionado a disposição do roteiro. Não posso explicar exatamente o que é por medo de acabar dizendo um spoiler imperdoável. Mas se você já leu, sabe do que eu estou falando. Aa tensão na história e a solução do conflito não seriam possíveis se a história fosse contada de outro jeito. Essas pequenas sacadas de criatividade são muito emocionantes para o leitor e é o tipo de construção que, na minha opinião, fica muito mais divertido em HQs do que em filmes.

A arte é, mais uma vez, do brasileiro Rafael Albuquerque e , portanto, segue o mesmo estilo que já estamos acostumados com o primeiro volume.

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De um modo geral, gosto como Albuquerque alterna entre quadros estupidamente elaborados e cheio de detalhes para quadros simples com quase nada a não ser a informação principal. Acho que é um excelente modo de guiar o leitor exatamente como o autor quer. Quando só uma coisa é importante, ele mostra só aquela coisa. Quando a riqueza de detalhes é que deve estar em evidência para a melhor composição da cena, Albuquerque te mostra até as gotas de sangue. Essa alternação ocorre de um modo genial e é retratada em ângulos que se encaixam perfeitamente na narrativa.

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