Sinopse: O fio condutor desta seleção que reúne 35 anos de reflexões sobre o Brasil é o vigoroso diálogo mantido por Fernando Henrique Cardoso com nossos principais intérpretes. De Euclides da Cunha a Celso Furtado, de Joaquim Nabuco a Caio Prado Jr., o sociólogo e professor emérito da USP apresenta nestes textos — escritos dos anos 1970 até a atualidade, sendo três inéditos e todos revisitados pelo autor — um olhar original e crítico sobre o país, tendo como guia a leitura desses mestres.
E nós cobrimos seus olhos – Alaa Al Aswany
Sinopse: Issam Abdulâti, o jovem protagonista e também narrador da novela que abre esta coletânea, pergunta-se sobre as qualidades de seus conterrâneos para em seguida negá-las com veemência: “Eu desafio qualquer pessoa a mencionar uma única virtude egípcia!”. O ponto de vista interno e desafiador, que aponta para os vícios e as idiossincrasias dos personagens, rendeu dificuldades de publicação. Vetada pela Organização Geral Egípcia do Livro, a novela teve uma primeira edição feita pelo próprio Alaa Al Aswany. Autor do aclamado romance O Edifício Yacubian, Aswany explora aqui a força do conto e da novela, formas incisivas e capazes de desconcertar os leitores mais precavidos. Neste E nós cobrimos seus olhos, empatia e mordacidade andam juntas e conferem ao Egito e aos egípcios um retrato caloroso e crítico, revelando ambiguidades e contradições de uma sociedade e de uma literatura impetuosa, que não se deixa domesticar.
Sinopse: Diplomata a ocupar seu primeiro posto no exterior (como vice-cônsul), Vinicius de Moraes desembarcou em Los Angeles, na Califórnia, em 1946, e ali passaria os cinco anos seguintes. Foi um período em que, além de conviver com a colônia artística brasileira radicada em Hollywood – em que Carmen Miranda brilhava como o seu centro gravitacional – e com nomes do cinema americano, como Orson Welles, Vinicius começou a se embrenhar em um novo universo musical: o jazz. Fascinado pela sofrida história dos negros americanos e mesmerizado pela variedade de ritmos da música que emergiu do cruzamento da cultura dos escravos e dos colonizadores europeus, o futuro compositor da bossa nova frequentou clubes, estúdios de gravação e lojas de disco especializadas, além de fazer camaradagem com dezenas de músicos, compositores e amantes desse gênero musical.
Um solitário à espreita – Milton Hatoum
Sinopse: Além de ser um dos grandes nomes do romance brasileiro contemporâneo, o amazonense Milton Hatoum também é cronista de mão cheia, espraiando seu texto leve e inteligente por diversas publicações. É o caso das crônicas selecionadas para este volume: noventa e seis amostras do texto sensível e arguto do autor de Relato de um certo Oriente. Dividido em quatro seções que dão conta de temas como língua e literatura, a realidade, a memória e os afetos, além de pequenas fabulações, Um solitário à espreita traz para a forma da crônica, este gênero praticado por alguns dos melhores autores brasileiros, a visão de mundo e as opiniões de Milton Hatoum. O futuro da literatura, a dureza dos anos vividos sob o regime militar, a realidade cambiante das nossas grandes cidades — tudo isso vem embalado numa prosa tão apurada quanto especulativa, tão sagaz quanto calorosa. Um passeio delicioso, em suma, conduzido por um de nossos escritores mais representativos. Leia aqui no blog um dos textos da coletânea, “Estádios novos, miséria antiga”.