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Nós sempre teremos Paris e o romance Sarra Manning

Já imaginou aquele lugar maravilhoso que você sempre quis ir? Eu nunca fui fã da França, mas no fundo sei que combinaria muito comigo e acho que “Onde Deixarei meu Coração” foi um dos culpados por isso.

Com uma adolescente que me lembrou muito quem eu fui e o quanto eu aguentei por ser a menina “certinha” no colégio e que se dedicava a estudar, Sarra me transportou para dentro de uma história que eu lutava para que a protagonista se rebelasse, que ela lutasse por si mesma, que corresse e pegasse o trem para a sua própria vida. Esse ponto transformou a história por mim.

Simples, careta e sem graça. É assim que Bea se vê. Então quando a super descolada Ruby e seu bando de populares passam a se interessar por sua opinião, isso só pode ser uma pegadinha. Certo? Pelo menos é assim que sempre acontece nos filmes… Mas o convite para passarem as férias em Málaga parece pra valer. E com um bônus: Bea pode se afastar da mãe irritante e controladora. No entanto, depois de apenas 48 horas na Espanha, Bea se flagra mudando o itinerário. A menina decide visitar Paris para encontrar o pai que nunca conheceu. Afinal, a cidade luz pode emprestar um pouco de clareza a um período nebuloso de sua vida familiar. No caminho, ela conhece Toph, um estudante americano mochilando pela Europa. Enquanto procuram pelo pai dela nos cafés e boulevards de Paris, ela perde a cabeça em vez disso. Será que Bea é a garota de Toph ou a boa menina que sua mãe espera que ela seja? Ou será esse o verão mágico em que Bea finalmente torna-se dona do próprio nariz?

Você já deixou seu coração em algum lugar?

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Eu provavelmente deixo o meu todo dia em algum lugar, mas ao contrário da nossa protagonista, eu não volto pra buscar. “Onde Deixarei Meu Coração” é uma história de finais felizes e de descoberta. Com uma protagonista que se reinventa, que se descobre e se transforma.

É a clássica história adolescente, de um jeito que você entende a revolta, que você compactua com as ideias e segredos daquela menina que precisa do seu momento, que está cansada de todo mundo fazer o que quiser, afinal ela vai sempre estar ali mesmo.

Uma das únicas coisas que eu não “curti” na história é a atitude da mãe da menina, algumas vezes as coisas que ela fazia, não condiziam com que a autora já tinha me apresentado da personagem e me fez torcer o nariz pela forma com que as coisas foram conduzidas para o roteiro funcionar do jeito que a autora queria. Em histórias, eu acho que os personagens conduzem o roteiro, e não o contrário.

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Em resumo, o livro tem uma escrita gostosa de ler e quando deixa os personagens conduzirem a história, ela caminha com muita leveza. É um livro para nos lembrar que sempre teremos Paris e que se deixarmos, podemos descobrir muito mais sobre nós. Basta olhar para dentro e ver o que nosso coração está gritando.

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Edição: 1 | Editora: Galera Record ISBN: 9788501095169 Ano: 2014  Páginas: 336

Sarra Manning é escritora e jornalista. Foi editora do caderno de moda da Ellegirl, na Inglaterra. É articulista em revistas e jornais, como ELLE, Grazia, Red, InStyle, ¬ e Guardian, Sunday Times Style e Harper`s Bazaar. É autora best-seller com romances para jovens, mas escreve para adultos também. Sarra Manning vive no norte de Londres com seu Bull Terrier.

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Baci ;*

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