“O corcunda de Notre Dame” (também conhecida como Notre-Dame de Paris ou Nossa Senhora de Paris) é uma daquelas histórias que achamos que já conhecemos e ignoramos por muito tempo a leitura. Eu sempre amei aquele desenho da Disney e por ouvir tanto falar das versões achava que já conhecia a história e por achar que ler Victor Hugo era demais para mim, ignorei a leitura por anos. Quando a Zahar ofereceu parceria com o blog, o primeiro livro que eles sugeriram foi exatamente aquele que eu temia. Aproveitei a oportunidade.
Assim como em “Os Miseráveis”, “O Corcunda de Notre Dame” é recheado de uma crítica social perceptível em passagens muito claras logo no começo do livro. Victor Hugo cutuca a ferida de uma forma sábia e pomposa de francês que cuida como fala e apresenta em muitas situações até mesmo engraçadas a realidade daquele momento.
Um dos maiores problemas que tive durante a leitura foi me identificar com a escrita do Victor Hugo. Quem me conhece sabe que não consigo ser fã da literatura francesa. Os autores franceses possuem um estilo lento na narrativa que me afasta automaticamente da história. O único que eu consegui ler e gostar até o momento é o Modiano.
“O Corcunda de Notre Dame” também é um livro arquitetônico. Eu tenho a impressão que conheço toda a França e sua arquitetura após terminar a leitura do livro de Victor Hugo. Caminho em meus pensamentos pelas grandes catedrais e visualizo como ninguém todos aqueles lugares. E apesar de não gostar desse estilo de escrita que demora muitas páginas descrevendo uma catedral, reconheço seu valor e o quanto ela se torna importante nesse momento da obra.
Agora vamos falar de algo sério. Não é um romance, não estamos falando de uma história de amor da Disney. A única coisa que temos em comum aqui com o filme que assistíamos quando criança são os nomes dos personagens. Não temos magia, temos uma história dramática, pesada e cheia de momentos de solidão e sofrimento.
Aqui, você vai encontrar muitas passagens filosóficas, momentos que mostrar ao fundo a natureza humana e pode assim como eu, pensar em desistir. Mas a cada vez que você percebe como a trama se interliga o prazer de concluir a leitura de um clássico como esse é sem comparações.
Claro que não podemos deixar de citar a edição linda do “Corcunda de Notre Dame” da editora Zahar. Ela é linda, cheia de ilustrações e com uma diagramação que contribui para que a leitura flua com facilidade.
ISBN-13: 9788537813584 | ISBN-10: 8537813583 | Ano: 2015 | Páginas: 621 | Idioma: português | Editora: Zahar
Victor Hugo é um dos mais importantes escritores franceses do período romântico. Terceiro filho de um major que, mais tarde, se tornaria um general do exército napoleónico, Victor Hugo passou a sua infância entre Paris, Nápoles e Madrid, consoante as viagens do pai.
Em 1921, ano do seu casamento com uma amiga de infância, Adèle Foucher, publicou o seu primeiro livro de poemas, Odes et poésies diverses, com o qual ganhou uma pensão, concedida por Louis XVIII. Um ano mais tarde publicaria o seu primeiro romance, Han s’Islande.
Os seus livros mais conhecidos são Notre-Dame de Paris (1831), O Corcunda de Notre-Dame e Os Miseráveis (1862).
No final da sua vida, Victor Hugo foi político, deixando notáveis ensaios nesta área. Morreu em Paris, em 1885.
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Baci ;*
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Anna,
Eu estou lendo Os Miseráveis e estou adorando a escrita do autor, apesar de às vezes achar ela um pouco lenta, ela conseguiu me prender.
Eu imaginei que a história do livro não fosse igual a do filme da Disney, afinal, tudo na Disney é bonitinho e maravilhoso para os olhos.
Essa edição da Zahar é extremamente linda. Já adicionei à minha listinha.
A Zahar dá um show em todos os seus livros, principalmente esses de bolso. Eu tenho dois (“Alice e 20 mil léguas submarinas”) e acho eles muito lindos.
Anna, olá 🙂
Amo ler e chegou a hora de ler essa obra tão maravilhosa. Digo maravilhosa, pois amo o filme, mas sei que o livro é outra coisa completamente diferente.
Gostaria MUITO que me sanasse uma dúvida: a edição da Zahar traz a obra íntegra? Parece que encontrei outros livros com muito mais páginas e fiquei um pouco aflito.
Se souber me responder, eu agradeço muito.
Obrigado
Oi Renato, Sim. O livro da Zahar tem a obra completa.
A unica coisa é que a lembra e o espaçamento são bem pequenos. Pois ele é um livro de bolso 🙂