Kubo e as Cordas Mágicas (Travis Knight, 2016) é a nova animação do estúdio Laika, os mesmos responsáveis por Coraline (Henry Selick, 2009) e a Noiva-cadáver (Tim Burton, Mike Johnson, 2005). O filme conta a história de Kubo, um garotinho que vive dando vida a histórias fantásticas, e sua jornada para escapar da ameaça de um avô poderoso e maligno.O cenário é muito peculiar e retrata um Japão do passado, onde os samurais ainda vivem e a magia é o elemento que conduz a vida de todos os personagens.
O enredo do longa metragem se assemelha a um jogo de videogame. Para derrotar seu avô Kubo precisa coletar uma armadura, uma espada e um capacete. Todos esses desafios o preparam para enfrentar “o chefão” no final. É claro que todo herói possui amigos que o acompanham em sua aventura, e os personagens secundários do filme são extremamente atrativos, eles nos cativam principalmente pelo valor que o protagonista atribui a eles.
Um dos elementos mais fascinantes da história é o poder de Kubo de dar vida a papéis, que se tornam origamis, nessa animação até mesmo os objetos possuem sua própria história e são importantes para a construção do roteiro. A música é outro fator essencial para fazer com que o filme se desenvolva, é ela quem marca o ritmo e enriquece cada cena.
A técnica de Stop Motion utilizada é deslumbrante, ela combina fluidez à um certo estranhamento. É comum que os filmes desse estúdio apresentem uma atmosfera mais sombria, e nesse caso não é diferente. Existem cenas apavorantes, que me deixariam pensativa antes de dormir se eu fosse criança. No entanto, há um equilíbrio perfeito entre o obscuro e o épico. O filme transita o tempo todo entre paisagens de tirar o fôlego: começamos vendo um mar revolto, depois um pôr do sol numa vila, uma nevasca, uma praia ensolarada…
Dentro desses cenários muito bem elaborados ainda existem lutas realistas e ferozes, em que detalhes como origamis, kimonos e folhas ajudam a construir um ambiente ainda mais fantástico.
A inspiração oriental para a criação da história vai muito além da aparência. A animação não se restringe a moral básica do bem contra o mal. O protagonista não quer só vencer, ele quer entender porque as coisas são como são. Kubo, é uma criança extremamente sensata, mas apesar das aventuras sua evolução como personagem é muito pouca, já que ele era muito sábio desde o começo do filme.
O que mais me chamou a atenção na obra foram os diálogos sobre filosofia e espiritualidade, os personagens discutem a importância da memória, das nossas lembranças e do comportamento impulsivo.
Só resta dizer que as crianças irão se divertir assistindo ao filme, mas aqueles com mais experiência de vida se sentirão ainda mais tocados por essa história fantástica.
Produção: Travis Knight, Arianne Sutner
Elenco: Art Parkinson, George Takei, Cary-Hiroyuki Tagawa, Brenda Vaccaro
Companhia(s) produtora(s): Laika Entertainmet
Distribuição: Estados Unidos – Universal, Brasil – Universal, Portugal – NOS
Lançamento: Estados Unidos – 19 de agosto de 2016, Brasil – 13 de outubro de 2016, Portugal0 – 8 de setembro de 2016
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Eu ainda não assisti, mas já quero..
Só de olhar o trailer me apaixonei pelos detalhes e trabalho *_*
Na verdade não sou muito fã de ver filmes infantis, mas eu adorei este. A história é muito divertida e original, pelo mesmo, tanto crianças como adultos podem desfrutar dele. Eu amo a dublagem deste filme, a mensagem da história é fenomenal e o que mais me surpreendeu foi a dublagem de Matthew McConaughey, e fastástico. Sou muito fã de Matthew McConaughey por que este ator nos deixa outro projeto de qualidade, de todas as suas filmografias essa é a que eu mais gostei, acho que deve ser a grande variedade de talentos. É uma produção espetacular, desfrutei muito. Definitivamente este filme brilha pela sua boa mensagem, sua linha de diversão e o bom nível de animação. Lo recomendo.