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“Perdendo-me” de Cora Carmack se perde e constrói um romance que não prende o leitor.

Comecei lendo “Perdendo-me” com a sensação de que já tinha lido esta mesma história em alguns outros livros. Mas mesmo assim eu continuei a leitura. Eu tenho vários livros da Novo Conceito para resenhar e  eu queria colocar a leitura em dia. Aproveitei o romance que é sempre algo mais rápido e comecei por ele.

VIRGINDADE. Bliss Edwards vai se formar na faculdade e ainda tem a sua. Chateada por ser a única virgem da turma, ela decide que o único jeito de lidar com o problema é perdê-lo da maneira mais rápida e simples possível com uma noite de sexo casual. Tudo se complica quando, usando a mais esfarrapada das desculpas, ela abandona um cara charmosíssimo em sua própria cama. Como se isso não fosse suficientemente embaraçoso, Bliss chega à faculdade para a primeira aula do último semestre e… adivinhe quem ela encontra?

E o erro pode ter começado no tema…

Não tenho nada contra o tema, acho que em uma sociedade com tantos tabus, os escritores tem papel fundamental na hora de trazer assuntos que devem ser discutidos e abordados por todas as pessoas. Só que, vamos abrir um parêntese aqui. Não dessa forma. É um livro que não precisava abordar da forma com que abordou, trazer a virgindade quase como personagem principal e tratar tudo isso de uma forma tão irrelevante que sinceramente não daria um livro.

Os personagens conseguem se adaptar a trama desenvolvida pela autora, seguem seus caminhos sem ter medo e isso contagia e salva a história em muitos momentos. Só que isso não basta para trazer um envolvimento grande com o propósito da história. O propósito todo vira em torno da virgindade da protagonista e a história não consegue se desenvolver além disso. Tudo gira em torno desse fato e isso me incomodou muito.

As situações “príncipe encantado” também me incomodam um pouco, só que é um ponto que me incomoda não apenas nesse livro como em vários romances que estão surgindo a cada dia. Ou os homens são muito príncipe encantado, ou são uns completos babacas. Não existe mais um meio termo aceitável ou algo mais próximo do normal. Isso é meio chato, sinceramente e me faz não acreditar nos personagens. Cadê os “Gatsby” de hoje em dia? Obsessivos, errados e ao mesmo tempo, romântico e solitário?

A escrita da autora não é a mais elaborada. Ela escreve de um jeito rápido e a própria história contribui para isso. Ela também segue uma com acontecimentos rápidos e com muitos diálogos. Muitos diálogos mesmo. Páginas de diálogos.

ISBN: 9788581635279 | Ano: 2014 | Páginas: 288 | Editora: Novo Conceito

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Baci ;*

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