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[Resenha] A Cor do Leite de Nell Leyshon | @BertrandBrasil

Sinopse: em 1831, uma menina de 15 anos decide escrever a própria história. mary tem a língua afiada, cabelos da cor do leite, tão brancos quanto sua pele, e leva uma vida dura, trabalhando com suas três irmãs na fazenda da família. seu pai é um homem severo, que se importa apenas com o lucro das plantações. contudo, quando é enviada, contra a sua vontade, ao presbitério para cuidar da esposa do pastor, mary comprovará que a vida podia ainda ser pior. sem o direito de tomar as decisões sobre sua vida, mary tem urgência em narrar a verdade sobre sua história, mas o tempo é escasso e tudo que lhe importa é que o leitor saiba os motivos de suas atitudes. a cor do leite apresenta a narrativa desesperada de uma menina ingênua e desesperançosa, mas extremamente perspicaz e prática. escrito em primeira pessoa e todo em letras minúsculas, o texto possui estrutura típica de quem ainda não tem o pleno controle da linguagem. a jovem narradora intercala a história com suas opiniões, considerados por alguns críticos os trechos mais angustiantes da obra. ·

 “Um livro sobre o abuso de poder e a supremacia masculina. O projeto ambicioso de Nell Leyshon demonstra um poder imaginativo singular.” – The Independent

eu me chamo Anna e estou escrevendo isso no ano de dois mil e quatorze do nosso senhor e o que eu tenho pra contar é algo que vai mudar a nossa vida,
mas eu preciso te contar, e é por isso que eu estou escrevendo, mas você vai entender quando chegar ao final.
eu me chamo Anna e estou escrevendo isso com minhas próprias mãos.

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Você pode não entender direito a forma com que eu comecei a escrever essa resenha, mas eu quis começar assim para entrar no clima do livro.

Mary é uma moça muito peculiar, de uma época que nós só conhecemos dos livros, filmes e histórias e aqui… ela nós dá algo novo. A visão de uma menina virando mulher, aprendendo sobre um mundo que existe dentro dela e precisando lidar com a consequência de ações que muitas vezes, não são dela.

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A Cor do Leite é um daqueles livros que te apresentam uma protagonista pronta para  te surpreender, com um jeito sincero, único e transformador, Mary é uma heroína digna de entrar para a história dos livros históricos. E se você me perguntar uma personagem que eu admiro, Mary vai estar no topo da lista, com seus cabelos cor de leite e sua vontade por contar a sua história, que todos aqueles que conhecem, jamais vão esquecer.

Mary nos relata uma história com simplicidade e de uma forma totalmente diferente, da forma com que alguém que conhece o mundo, mas não aprender tudo sobre a escrita, poderia nos contar.

Nell demonstrou sua habilidade de escrita em todos os pontos dessa história, a forma com que entendemos a personagem principal é quase sobrenatural, tudo se passa a um toque de nossas mãos e se eu chorei com Carta de Amor aos Mortos, aqui eu morri em cada revelação para encontrar um pouco da minha humanidade e me compadecer dos sentimentos daquela menina que foi a mais corajosa verdadeira de todas as personagens que já li.

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A Cor do Leite é um livro excepcional, extraordinário e merece que todos tenham a oportunidade de lê-lo. Uma leitura forte, cativante e ao mesmo tempo inspiradora. Nell é uma escritora que pode entrar para  a história da literatura se continuar a explorar esse talento em cotar histórias de um jeito impecável e interessante.

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Como já disse, A Cor do Leite é contado e escrito de uma forma diferente e até mesmo exótica, mas fotos vocês podem perceber que a diagramação ajuda para que o leitor perceba e viva isso.

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Edição: 1 | Editora: Bertrand Brasil | ISBN: 9788528615814 | Ano: 2014 | Páginas: 208

Nota: 5/5

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