Um livro que tem dragões no título, mas não no livro.
Eu estou falando de Almakia, livro de Lhaisa Andria e publicado pela editora Modo. Então, eu gostei do livro. Simples assim, é um livro massa, mas só.
Almakia, a vilashi e os Dragões conta a história de Garo-lin, uma moça que nasceu com um almaki. Mas wtf is an almaki? É, pelo que eu entendi do livro, o poder de manipular alguma força da natureza. A Garo nasceu com um almaki do fogo, e como toda pessoa que nasce com um poder ela vai estudar no Instituto Dul’Maojin. O detalhe é que ela é uma vilashi, um povo que é meio segregado dentro da sociedade de almakia.
Mas Carol, e os tais Dragões? Então, eles não são dragões no sentido de grandes lagartos voadoes, eles são pessoas. Os herdeiros poderosos das principais famílias de Almakia, cada um deles manipulando um poder específico: fogo, água, vento, raio e metal. A grande trama é que eles, os Dragões, são meio bullies chatos que mandam e desmandam no Instituto (até por que o Dragão de Fogo, o mais motherfucker de todos, é um Dul’Maojin). Um dia a Garo se vê numa situação em que ela tem que enfrentar eles e isso acaba levando a uma série de coisas.
Eu talvez tenha sido um pouco dura demais com esse livro, talvez eu esperava uma fantasia mais ágil e mais madura. O livro é bom e eu acho que vale a pena como uma leitura de final de semana e eu, honestamente, vou esperar pelos próximos livros da série.
Mas então quais são os problemas dele? A primeira e mais gritante coisa é a diagramação do livro. Se fosse um ou outro errinho eu relevaria, mas a diagramação é BEM zoada: texto justificado em TODO o livro, fazendo com que o espaçamento entre palavras em algumas frases fique estranho; o texto vai quase até o final da página, o que incomoda bastante por que dá a impressão de que é uma MURALHA DE TEXTO na página; o negocinho que eles usam pra fazer a quebra de página, dividir pedaços do texto de um mesmo capítulo, é muito destoante e grande, incomoda também.
Em termos de história, apesar de ser uma ideia legal é relativamente bem trabalhada, você consegue perceber nos primeiros capítulos uma certa ingenuidade da autora. Parece que ela meio que se joga na história e ignora um pouco o desenvolvimento da personagem, mas depois o retoma. Outra coisa que me incomodou um pouco foi a mistura no ritmo da história, ela alterna entre trechos de descrição e monólogo dignos de Tolkien (e não no bom sentido) e cenas de diálogo e aventura mais no estilo Dan Brown ou Rowling.
Por que eu digo que monólogos e descrições dignos de Tolkien não é bom? Por que ninguém mais é Tolkien e, convenhamos, a gente só se obriga a ler aquele começo maçante de Senhor dos Anéis por que É Tolkien. E por que sabemos que a história vai ser boa. Usar esse recurso de exposição dos locais e monólogos mais pesados é arriscado e, nesse caso, não funcionou muito bem. Talvez o livro ficasse melhor com um prólogo mais extenso ambientando o leitor naquele mundo de Almakia e com a narração da história em si mais ágil.
Apesar de tudo eu recomendo o livro. Pelo que eu entendi é o primeiro da autora e para um primeiro livro é um feito e tanto.
AH, outra coisa que me frustrou, mas isso é chatice minha: o fato de várias vezes termos um romancezinho sendo insinuado na livro mas NUNCA vermos ele concretizado de alguma maneira. Dá aquela agonia do “AH, SE BEIJEM LOGO”, sabe?
É isso, Almakia merece 3,9 xícaras de café aquecidas pelo meu almaki de fogo!
Almakia – Lhaisa Andria
Em um mundo onde existem pessoas com capacidades extraordinárias, vivendo em uma sociedade abastada e preconceituosa, desde pequena Garo-lin foi uma garota deslocada: uma vilashi frequentando o exclusivo Instituto de Almaki Dul’Maojin. Mesmo sendo tratada como uma simples e inevitável pedra no caminho dos orgulhosos almakins, engole todo o seu senso de justiça e tem por único objetivo terminar sua educação e voltar à sua vila. Porém, devido a um incidente ela se vê presa pelas circunstâncias, e dali em diante, todo o seu destino está nas mãos dos temidos Dragões de Almakia.
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Poxa eu esperava mais do livro. Achei que fosse maravilhoso, mas com essas miseras 3,9 xícaras, eu fiquei com o pé atras. Mas eu ainda acho que vou dar uma chance para esse livro. Mas gostaria que ele tivesse mais sobre dragões;
Ja tinha visto o livro em algum lugar mais nunca parei para ler a sinopse, parece ser bem legal um tema diferente pra variar!
Nunca li nenhum livro que fale sobre dragões e esse parece ser bem legal!
xoxo
A capa tá linda, eu gostei.
Mas não me senti muito atraída a ler o livro.
A resenha ficou ótima.
Eu sempre amei a capa e o título desse livro. Fiquei meio decepcionada de não encontrar os verdadeiros dragões, rs, mas a Lhaisa já me disse que eles vão surgir nos próximos volumes!! =)
Realmente tem muitos erros nele, irrita um pouco. Mesmo assim gostei da história. Acho que só não gostei mais porque li pouco depois de Contos de Meigan, que tem uma coisa parecida quanto a esses poderes, e foi um dos melhores livros que li no ano. Aí foi cruel pra Almakia… hehe… de qualquer forma, quero ler os próximos volumes.
Muito bonita a capa, a história parece ser interessante, apesar de todos os defeitos apontados.
Quanto à diagramação, nem me atrapalharia, porque tenho mania de alinhamento justificado. Já li livro em duas colunas, isso atrapalha muito mais.
Questão de ritmo, isso é uma coisa muito pessoal, já li livros com ritmo muito lento, cheios de descrições, o que não quer dizer que sejam chatos.
Como a resenha bem considerou, é um livro de estreia, então uma nota de 3,9 está muito bom!
Eu até ia ler o livro, porque a temático meio avatar (do desenho) me chamou a atenção, mas quando foi mencionado que a descrição das coisas é tipo Tolkien confesso que fiquei receosa, já que eu sinceramente não tenho paciência para ler 1 página só sobre a descrição de uma árvore…
Hummm, esse tipo de temática não me agrada e pela sua resenha percebi que não perco nada em não lê-lo…