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[Resenha] Antes Que Os Espelhos Se Tornem Opacos de Juarez Cruz – @dublinense

livro antes que os espelhos se tornem opacos Antes Que Os Espelhos Se Tornem Opacos

Autor: Juarez Guedes Cruz
I.S.B.N.: 9788562757853
Altura21 cm.
Largura14 cm.
Profundidade1 cm.
Edição1 / 2012
Número de Paginas112

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Sinopse: Este não é um livro de histórias, mas de sensações. É preciso que o leitor saiba disso para desfrutar esta jornada por terreno de piso instável, bem diverso da noção de terra firme. Prepare-se para os círculos, os labirintos, a vida que se repete que se repete –sempre permeada pela culpa, a angústia, o desamor.
Este não é um livro de histórias, mas de ideias. No lugar de sinopses, temáticas; acima de personagens, a reflexão sobre as pessoas. Juarez fala do ruir da vida, o olhar cansado diante da amada, os sons do desaparecimento do amor; a memória – e a própria literatura– como recursos para se defender da morte. Mostra as decisões de quem opta pelo equilíbrio em vez da vertigem.
O próprio autor afirma que o livro não é feito de narrativas esperançosas; também ele tem consciência de que não existem palavras que possam dar conta do desespero que é a vida. Ao mesmo tempo, existe um último sopro, um ânimo, algo que ainda possa ser feito antes que os espelhos fracassem na sua única função de refletir.

Sobre o Autor: Juarez Guedes Cruz nasceu e vive em Porto Alegre (RS). É médico, psiquiatra e psicanalista. Além da presença em antologias de contos ou de ensaios psicanalíticos, publicou dois livros de contos: A cronologia dos gestos (2003, vencedor do Prêmio Açorianos) e Alguns procedimentos para ocultar feridas (2007, finalista do Prêmio Açorianos). Também em 2007, foi o organizador da antologia de contos O paradoxo de Tchekov.

 

 Resenha Do Livro Antes Que Os Espelhos Se Tornem Opacos

Um livro que não tem nada de opaco, mais sim de transparente e verdadeiro. Com 22 contos Juarez conversa com os leitores de um jeito inteligentíssimo e agradável.

Não me contive as análises a cada ponto final de um conto que se acabava. Não contive as expectativas ao novo conto que se inciava a cada título em caixa alta que marcava que teríamos mais um momento de boa leitura.

“Então vamos dançar agora, porque as lágrimas não 0s deixariam falar e tudo conspiraria para instalar entre os dois a mesma sensação que invade, agora, este que se pretendia conto, ou seja, de que deveria ter parado na página anterior e não poderia de modo algum ter prosseguido até esse tempo(…).” Pag:31

Os contos conversam com o leitor como um amigo contanto um causo, como se alguém tivesse contando aquela história ou teoria sobre o universo que ficou divagando horas e horas até chegar ao verdadeiro e real significado de todo o seu pensamento.

Os contos de Juarez possui ritmo, são audaciosos e instigantes. O livro conseguiu me cativar não só por ser o mesmo estilo de leitura preferido (breves contos de 2/3 páginas). Mas porque o autor escreve com propriedade sobre os assuntos que diserta.

“E as palavras, essas muito menos: falava em uma vida inútil, estilhaçada, descrevia um som impiedoso entrando nos recantos da mente, um rugir de vulcão explodindo no alto, a lava escavando no abismo, arranhando a carne.” Pag: 79

E não vemos só um assunto entre os contos, mas podemos destacar que as possibilidades, ou “E se…”, ou ainda o “talvez” acompanhado de um breve futuro ou antigo romance podem, devem ou irão acontecer.

Como uma conversa entre a sua mente e o autor, ninguém ouve mais tudo que precisa ser dito e compreendido estão dentro dessas 110 páginas!

Indicado para: Apreciadores de contos, aqueles que querem depois de ler analisar e discutir os pensamentos do autor após ler sua obra. E todos aqueles que querem ler antes que os espelhos se tornem opacos.

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