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[Resenha] Belle de Lesley Pearse| @Novo_Conceito

Londres, 1910.

Belle, de 15 anos, viveu em um bordel em Seven Dials por toda sua vida, sem saber o que acontecia nos quartos do andar de cima. Mas sua inocência é estilhaçada quando vê o assassinato de uma das garotas e, depois, pega das ruas pelo assassino para ser vendida em Paris.

Sem poder ser dona de seu próprio destino, Belle é forçada a cruzar o mundo até a sensual Nova Orleans onde ela atinge a maioridade e aprende a aproveitar a vida como cortesã. A saudade de casa — e o conhecimento de que seu status como garota de ouro não durará muito — a leva a sair de sua gaiola de ouro.

Mas Belle percebe que escapar é mais difícil do que imaginou, pois sua vida inclui homens desesperados que imploram por sua atenção. Espirituosa e cheia de desenvoltura, ela tem uma longa e perigosa jornada pela frente.

A coragem será suficiente para sustentá-la? Ela poderá voltar para sua família e amigos e encontrar uma chance para a felicidade? Autora best-seller, Lesley Pearse criou em Belle a heroína de nossos tempos: uma mulher forte que luta por seus direitos em um mundo perigoso.

 

belle
Belle. Não acredito que demorei tanto pra engrenar na leitura desse livro, ele é fantástico! Eu levei pelo menos uns dois meses pra realmente ler ele, mas depois que terminei o problema foi diagnosticado: timming.

Comecei a ler Belle logo depois de Cruzando o Caminho do Sol, um  livro com temática similar mas pegada bem diferente. Enquanto ele é denso e tenso desde o começo, Belle começa relativamente leve e vai se complicado. No final das contas Belle parecia pra mim uma bobagem sem fim, quando na verdade eu só não tinha desintoxicado do último livro.

Enfim, vamos ao Belle em si. Fantástico, denso e que fala da realidade com uma pitada de fantasia. O comecinho e o final do livro são a epítome do clichê, infelizmente, mas isso não tira o valor da obra bem escrita de Pearse.

Os personagens são bem aproveitados e bem amarrados na trama (se tem algo que eu odeio é personagem que sobra no final). A escrita da autora prende, depois que tu engrena na leitura, e as reviravoltas na história vão te deixar pensando.  Os únicos pontos que eu tiro da obra são pelos clichês que eu citei antes, mas só por que eu pessoalmente sou chata com isso. É difícil fugir deles, mas o mundo já ta cheio de livros com protagonistas de “pele de porcelana, cabelos negros e brilhantes e olhos azuis que escondem uma personalidade forte”. Vamos inovar, né?

No final das contas, o ponto mais importante de Belle é esse: fazer pensar. Não é a história da mocinha bonita e jovem que é seqüestrada, mas é aquela sensação de “mas por que ela não faz nada? Como ela deixa isso acontecer?” que é recorrente no livro. “Vivenciar” essa impotência durante a história te faz pensar em quem realmente não tem escolha, quem realmente ficou preso nesse mundo de contrabando, seja lá em 1910 ou hoje.

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Fechando: Belle é um must read para todos, mulheres e homens, mas que exige um pouquinho de perseverança no começo. Eu indico com 4 xícaras de café quentinho.

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