Sinopse: Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.
“Nirvana” significa liberdade. Liberdade do sofrimento. Acho que algumas pessoas diriam que a morte é exatamente isso. Então, parabéns por estar livre, acho. O resto de nós ainda está aqui, agarrado aos cacos”.
Eu realmente não tenho palavras para descrever esse livro. Gravei uma vídeo resenha que logo vai ao ar no canal do blog no youtube e quase chorei enquanto falava sobre ele. É tão sentimento preso nessas páginas que eu me sentia angustiada durante a leitura e agora, é difícil até demais, fazer essa resenha.
Eu realmente não sei por onde começar, mas precisamos partir de algum ponto e acho que nada melhor do que se embalar no som dessa playlist para falar para vocês sobre esse livro arrebatador, pessoal, inspirador e totalmente emocionante.
Carta de Amor aos Mortos não foi apenas um livro. Para mim ele foi tão pessoal que parecia que Ava me conhecia, sabia de todos os meus erros e resolveu nesse momento jogá-los todos na minha cara e esperar que eu tomasse alguma reação enquanto lia as palavras que Laurel escrevia em confissão para ídolos que também eram meus.
De Jim Morrison, Kurt Cobains, Janis Joplin até Amy Winehouse e Heath Ledger. As cartas possuem assuntos variados, mas todas contém uma mesma coisa: um grito por socorro que não é nenhum dos ídolos que responde, mas sim você… leitor.
Summertime toca no rádio e o papel grita para que você acolha Laurel como ela é, que aquela garota ali sozinha não é só mais uma adolescente mimizenta de um livro qualquer com um triângulo amoroso, é uma adolescente que sofreu tudo o que não precisava, que carregou nas costas o peso de uma família inteira, que desde muito cedo teve que fugir, se esconder e mesmo assim encarar todos os problemas, até mesmo aqueles que não eram dela.
Laurel nos mostra ser alguém que pode nos surpreender e Ava escreve tudo isso de uma forma tão incrível, cativante e emocionante que as palavras dela não fazem apenas sentido. Elas encontram o ponto certo onde vão te marcar. É cada simples frase que muda toda a forma com que olhamos para a protagonista ou aquele personagem que pensávamos que seria insignificante e consegue de uma hora para outra, ser alguém com a palavra certa, aquela que orienta não apenas Laurel, mas o leitor.
Ava entrou para minha lista de autores para amar para toda vida. Quero abraça-la tanto que não sei nem como agir. Queria dizer obrigado e ao mesmo tempo contar o quanto ela me fez entrar em pânico e em prantos ao ler palavras que cortavam e ao mesmo tempo cicatrizavam.
“(…) Você acha que conhece alguém, mas essa pessoa sempre muda, e você também está em transformação. De repente entendi que estar vivo é isso. Nossas próprias placas invisíveis se movem em nosso corpo, e se alinham à pessoa que vamos nos tornar.”
Cartas de Amor aos Mortos é um livro para todos aqueles que perderam alguém e se perderam no meio dessa procura por entender a não culpar, não se culpar e não desistir enquanto o mundo inteiro caía ao redor.
Obrigado Ava, mesmo. ?
” Todos nós queremos ser alguém, mas temos medo de descobrir que não somos tão bons quanto todo mundo imagina que somos.”
Edição: 1 | Editora: Seguinte | ISBN: 9788565765411 | Ano: 2014 | Páginas: 344 |
Nota: 5/5
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Oi Anna, sua linda!
Lendo sua resenha fiquei aqui imaginando suas emoções, dores e descobertas, senti até vontade de te abraçar…
Poxa, estou lendo o livro (quase na metade) e até fiz umas fotos dele hoje. Entendo bem tudo isso que está dizendo, parece que as emoções de Lauren tocam fundo na gente, nos nossos medos e receios. Sem contar as cartas sempre destinadas aos ídolos imortais.
Bom, vou destinar minha carta ao meu ídolo imortal e exclusivo… Na resenha eu conto!
Bjs e parabéns pelo post cheio de emoção…
Oi Anna!
Já vi resenhas de pessoas que amaram e se emocionaram com este livro, e também tem gente que não gostou..! De qualquer forma fiquei bem curiosa e comprei o livro, é o próximo da fila! Rs!
Bjos!
Karen
http://www.bookadvisor.com.br/
Eu li esse livro na semana passada, mas a verdade é que assim que li sobre ele, soube que ia me apaixonar! O que me atraiu primeiro foi o título e a capa maravilhosa e descobri que era só o começo de uma narrativa viciante; só larguei o livro depois de ler os agradecimentos.
Já li alguns livros que abordam a temática da perda e a forma original como a Ava trouxe isso é surpreendente – além dos sentimentos e do crescimento da Laurel, que acaba pegando a gente com aquela sensação de que estamos lendo sobre nós, pra mim foi incrível a forma como ela conseguiu relacionar a história da Laurel com a vida e morte de ícones, até mesmo nos fazendo descobrir mais detalhes que às vezes a gente nem dá bola. E disso, pra mim, fica que nós damos tanta importância pra morte, que podemos nos esquecer que antes disso tiveram feitos ainda maiores, detalhes e ocorridos que passamos por cima e que valem mais do que pensar só no fim.
Só faria uma ressalva para o romance entre Laurel e Sky, eu pelo menos previ o “segredinho” por trás dele quase de cara (quando saquei, comecei a ficar torcendo para que não fosse aquilo). Quanto a tragédia pessoal da Laurel e o fardo que ela carregava, apesar de também ter previsto antes (deve ser mal de leitora compulsiva!), achei incrível como a autora conseguiu conectar as coisas e mostrar que essas coisas afetam tanto quem sofre como àqueles que estão a sua volta e se preocupam. Também vale uma salva de palmas para o plot da Natalie e da Hannah, acredito que ela soube contar com maestria como essas coisas são para meninas tão novas e se descobrindo ainda, e Kristen e Tristan, com verdade a Ava nos contou uma história de amor jovem bem como ele é.
Ainda confesso que às vezes a Laurel e sua devoção à May me irritavam, mas no final todos nós temos alguém que queremos ser e perdemos tempo tentando e tentando, em vez de dar uma chance a nós mesmos.
Cartas de amor aos mortos ficou para mim emparelhado com O Céu está em todo lugar, que considero um livro espetacular sobre como a morte pode nos transportar para um mundo paralelo quando não estamos dispostos a abrir mão da dor.
Espero que esse seja só o primeiro de muitos sucessos dela! xx
(gostei tanto do livro que resolvi fazer meu primeiro comentário em resenha 🙂 haha)