Sinopse: Duas famílias prestigiadas lutam juntas contra monstros descobertos pela frota de Cabral. No entanto, passam a ser rivais após uma promessa ter sido quebrada por uma delas. Barone e Valfenir terão, no fim de sua linhagem, dois jovens que irão se unir para continuar a missão de suas famílias e acabar com essa rixa. Lilith Barone, com seus poderes especiais, descobre que terá a função de lutar para combater inúmeros demônios. Para isso, precisa de Estrada Livre, a espada que irá ajudá-la a enfrentar essas terríveis criaturas. O que ela ainda não sabe é que, enquanto luta para acabar com monstros externos, abriga um dentro de si, talvez muito maior do que todos os outros.
O Clã Barone, assim como o Clã Valfenir, é uma família antiga, criada especialmente para combater criaturas malditas os demônios”
O que você faria se encontrasse um livro cuja história, já pela sinopse, você pensasse: “Lá vem, mais do mesmo…”. Enquanto leitor e professor de Literatura, eu admiro a cópia, mas, para isso, deve-se haver um estudo adequado e muito extenso para que não se torne um espelho das demais já existentes. Em relação a “Estrada Livre”, podemos perceber que a jovem autora fez o seu dever de casa quanto ao quesito “diferenciação”. Há uma história por trás da lenda, mas, ainda assim, faltou maturidade.
O livro traz a história de Lilith (algo já estranho, pois tudo acontece em São Paulo), uma garota que descobre ser uma patrona de geração que deve lutar contra o mal, e faz com que você traga o mundo fictício para o mundo real (se é que dá pra fazer uma diferenciação sobre os tais). Nas páginas iniciais, tive uma sensação de que o enredo cresceria e me traria muitas surpresas, mas, infelizmente, foi algo que ficou, principalmente, no âmbito do desejo. Há monstros dos mais diversos “talentos” mas nenhum deles conseguiu mesclar o existente com o “tchan” da novidade. Foi um pouco de tudo misturado mas com o teor da paixonite lógica de quem lê, a todo tempo, obras deste estilo.
Certa vez, lendo “A Torre Negra” de Stephen King, peguei-me atento a um trecho, da carta de apresentação, no qual o escritor deixou claro que começou a escrever a saga muitos anos depois de ter tido a ideia. Isso tudo, simplesmente, pra que não acabasse copiando o seu emissor de inspiração: “O Senhor dos Anéis”. É muito importante que haja essa sagacidade.
Graficamente, o livro condiz com todos os outros que já li da vertente “Novos Talentos”. Uma boa capa, boa impressão, a gramatura do miolo é boa para paginar e, por último, traz as letras serifadas e com bom espaçamento. Isso facilita, imensamente, a leitura e não a deixa cansativa.
Na história, encontramos diversos pontos que nos fazem pensar “como assim?” – como, por exemplo, o fato de a garota precisar de um punhal para lutar contra o mal e a mãe, que não sabia que ela era uma patrona, dar-lhe um comprado no shopping. Talvez, a autora tenha tentado trazer-nos a ideia de que os monstros estejam por toda parte, mas acredito que falhou na tentativa. É uma leitura fácil, porém, cansativa. Devemos deixar que o tempo nos dê a resposta sobre o que há na cabeça da jovem autora, mas não podemos parar de dar a chance de ela mostrar o seu real talento e nos trazer um grande Best-Seller.
Edição: 1 | Editora: Novos Talentos da Literatura Brasileira | ISBN: 9788542800999 | Ano: 2013 | Páginas: 472
Nota: 2/5
Comprar: Livraria Saraiva
Aproveite para nos seguir nas redes sociais!
Facebook ? Instagram ? Twitter ? Tumblr ? Google +