Sinopse: Há mais de meio século, Richard Matheson tem enfeitiçado e aterrorizado os leitores com clássicos atemporais como Eu sou a lenda, O incrível homem que encolheu, Encurralado, Em algum lugar do passado e Amor além da vida. Outros reinos é mais um livro fascinante desse mestre; uma história cativante, recheada de erotismo e suspense.
1982. Famoso por sua série Meia-noite, o escritor Alex White, que adotou o nome Andrew Black, decide narrar uma experiência que beirou o surreal e aconteceu há 64 anos. Uma história que ocorreu quando ele ainda era jovem, é a mais pura verdade (por incrível que pareça) e mudou sua vida.
1918. Aos 18 anos, Alex White, jovem soldado norte-americano, é ferido nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Em vez de voltar para os Estados Unidos, ele se muda para Gatford, na Inglaterra, tentando escapar de seu pai e de seu passado. A bucólica aldeia inglesa parece o lugar ideal para que sua alma e seu corpo fechem as cicatrizes de guerra. Mas dizem que as florestas ao redor da cidade são habitadas por espíritos levianos e até malévolos – isso deve ser história da carochinha.
Não é mesmo?
Alex conhece Magda Variel, uma viúva ruiva e atraente que, segundo rumores, é bruxa. Ela o alerta a se manter afastado da floresta e do perigoso reino encantado que o cerca, mas Alex se mostra cético quanto a tudo o que ela e seus poucos amigos lhe dizem, e não consegue evitar o local. Afogado em tantos mistérios, ele encontra o amor e o perigo… além de maravilhas que mudarão para sempre sua forma de ver o mundo.
– Ah, Alex, por favor – disse ela. Parecia mesmo magoada. – Ainda está com medo? Tenho idade para ser sua mãe. Não vou violentá-lo. Ou machucá-lo de qualquer forma. Quero apenas que veja o quanto este colchão é confortável.
Eu já sou uma fã antiga do Richard. Um dos meus livros preferidos: “Amor Além da Vida” é escrito por ele. Assim como o “Eu sou a Lenda”, que é outro livro que eu gosto muito. Então era óbvio que eu
Mas infelizmente o livro “Outros Reinos” não foi um caso de amor. Eu comecei a ler muito empolgada com a história e com o que ela propunha, só que a história apesar de bem estruturada. Não tinha um enredo que conseguia fazer a história caminhar com leveza e ritmo.
O começo de Outros Reinos é preciso, mas muitas vezes eu pensava que aquele conteúdo poderia ter sido exposto de outra forma para o leitor. Você precisa ser corajoso para continuar pois ele vai caminhando de forma lenta e até o recurso utilizado pelo autor para deixar a história mais próxima do leitor (no caso fazer o personagem conversar com quem está lendo) acaba cansando durante a narrativa.
Apesar realmente do livro ter uma história única e trabalhar isso de uma forma incrível. Toda a narrativa faz com que o livro vá perdendo pontos pelo caminho. Tem livros que nasceram para serem difíceis. Tem livros que perdem com isso. E podem perder leitores.
Os outros livros do Richard me conquistaram tão facilmente que fiquei decepcionada com a forma que Outros Reinos ( que pertence a um gênero que eu amo) deixou tanto a desejar para mim. Poxa Richard! Você é um escritor tão bom! Será que seu editor não falou: “hey cara, vamos deixar mais alucinante essa história”?
O problema é: O livro é bom! Tem uma história bem interessante e nova para quem gosta de ficção, suspense e novidades. Só que você vai precisar ser corajoso, forte e agarrar firme na leitura para não largar. No final vai valer a pena e você vai ter uma ótima história a sua espera!
Confira abaixo algumas fotos da edição e diagramação da obra, que segue o padrão dos livros atuais publicados pela Bertrand Brasil.
“Então perguntei:
– Vou perder tudo a partir de agora?
Balançou a cabeça. Abriu um sorriso bondoso.
– Não – respondeu. – Tudo que lhe é caro sempre permanecerá dentro de você.”
Edição: 1 | Editora: Bertrand Brasil | ISBN: 9788528619027 | Ano: 2014 | Páginas: 322
Nota: 3/5
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Nascido em Allendale, New Jersey de pais imigrantes noruegueses, Matheson cresceu no Brooklyn e graduou-se na Brooklyn Technical School em 1943. Alistou-se e passou a Segunda Guerra Mundial como soldado de infantaria. Em 1949 obteve seu bacharelado em jornalismo na University of Missouri-Columbia e mudou-se para a California em 1951. Casou-se em 1952 e tem quatro filhos, três dos quais (Chris, Richard Christian, e Ali) são autores de ficção científica e roteiristas.
Poxa, que pena!
Achei que seria um livro PQP!!! Mas não foi né?!
Esse mês sofri disso, 2 livros com premissas incríveis, mas que não foram escritos adequadamente, e que me fizeram quase largar a leitura, coisa que detesto fazer.
Adorei a resenha e as fotos!!
Bjkas
Talvez para outras pessoas que gostem de livros mais calmos, eles até sejam. Sabe?
Para mim não foi tanto. Infelizmente 😡
Vai parecer meio maluquice, mas lendo a premissa da história, me veio na cabeça uma história que eu tento bolar mas não consigo.
Essa história própria, eu começei a ter lendo um conto do segundo Coisas Frágeis do Gaiman. Um conto do Deuses Americanos, narrando a viagem do personagem Shadow em um vilarejo afastado, e lá ele encontra uma mulher que é um tipo de criatura mística, que vive escondido da sociedade (perdão a falta de detalhes, faz um tempo que li a história).
Mas também achei engraçado desse fator da narrativa lenta. É algo que também me atormenta muito na hora de escrever. Pois sinto que conto as histórias de forma muito lenta, que deveria por mais ação, atitude. Quem sabe eu deva ler esse livro pra tentar me espelhar, e aprender um pouco com ele…
Essa é uma boa ideia Nicolas, pq o livro é bom, só é lento, pq ele conta toda uma história para daí sim, começar a colocar um pouco de ação na história.
Quero ler sua história! Mãos a obra!