Edição: 1
Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 9788528617764
Ano: 2013
Páginas: 378
Tradutor: Mario Fondelli

Saraiva Por Por R$ 33,80

Sinopse: É o que acontece com Ada, que tenta gostar de si mesma, abandonando os anos de descuido e indiferença que até então marcaram sua vida. Ou Gilda, constantemente em busca de alguém que compense sua maternidade fracassada; de Nina, que tem o corpo forte de uma atleta, mas os medos de uma adolescente; de Mara, advogada agressiva que, no entanto, tropeça no amor; com a fútil Bea e, finalmente, de Zoja, que se mudou da Ucrânia para a Itália tentando melhorar de vida. Tendo como pano de fundo uma Nápoles alheia aos lugares-comuns, Carla D’Alessio constrói uma comédia de tirar o fôlego, cheia de coincidências, amarga e, mesmo assim, divertida, tipicamente italiana. Uma história comovente e requintada, pois o amor, mesmo quando parece ter perdido qualquer empolgação, quando não faz senão arranhar, tem muito mais que uma só vida. Tem sete vidas.

Itália, comida, água, gatos e muita, muita confusão. E todo As Sete Vidas do Amor poderia ser definido por essas palavras. O livro com uma das capas mais lindas da minha estante – mesmo eu não gostando de gatos – me conquistou com sua capa e simplesmente por se passar na Itália. Não teve dúvidas, eu tinha que pedir ele para a editora. Então chegou e eu comecei a ler… e demorei mais do que imaginava.

 As Sete Vidas do Amor é uma novela das 20h, no bom sentido. Temos vários núcleos durante a história e no final todos acabam se intercalando e se envolvendo na história, mesmo que indiretamente. São dramas cotidianos como a mulher que rouba o gato da sacristia e a filha que nunca mais voltou para casa e agora está namorando um espanhol em vez de um italiano.

O livro é rodeado da típica confusão italiana, sempre envolvendo alguma comida, seja lasanha ou bolinhos que só se fazem na Sicília. Se passando uma semana antes do Natal o livro é muito família, seus problemas são familiares, suas discussões são familiares e tudo pode ser resolvido com a família.

O único grande problema do livro, que acaba sendo agravado pela diagramação do livro é a confusão de personagens. São tantos e que começam a aparecer a cada capitulo que você começa a ficar confusa por ver tanto ponto de vista sem nenhum aviso prévio para avisar que aquele personagem que estava contando a história parou no paragrafo passado e aquele espaço um pouquinho maior entre os parágrafos era para identificar esse ponto.

O livro é uma ótima leitura apesar dos pesares. É um livro bem diferente do que eu estava lendo e me cativou não só por se passar na história, mas por misturar culturas e dramas tão comuns. Como quando eu não falo com a minha mãe em casa ou trabalho demais. O problema aqui em As Sete Vidas do Amor é isso. Somos nós, eu você e todos os personagens do livro que de alguma forma se sentem infelizes. Todos falharam em algo.

Uma pode não ter conseguido engravidar, outra passou a vida com alguém que parecia não se importar tanto e agora tem uma filha que prefere ficar a quilômetros de distância. Temos personagens que ainda pensam no antigo amor e outras que querem voltar para sua vida em outro país. Tudo é tão comum e sincero que a beleza do livro sai da capa e envolve esse ponto da trama.

Não é um livro perfeito. E muitas coisas podem incomodar na leitura, mas é um livro que vale a pena. Vale se envolver nas entrelinhas para aprender muito mais sobre a vida, eu, você e todo mundo em algumas páginas e um gato.

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