Sinopse: O mais novo “viral” do famoso portal de postagem de vídeos são os vídeos de um misterioso homem que usa máscara de jornal e que anuncia os delitos que cometerá em um futuro próximo. Quando a polícia se dá conta de que os crimes estão realmente sendo cometidos conforme anunciados, o departamento anti-crimes cibernéticos [provisório] entra em ação para desmascarar o criminoso e deter futuros anúncios! Abrem-se as cortinas da peça que retrata o terrorismo em tempos que a informação transborda todas as barreiras da sociedade!
Vilões e heróis são apenas uma questão de ponto de vista.
A JBC sempre me surpreende, acho até estranho pois eu acho que nunca resenhei algo que fosse totalmente negativo por aqui (talvez alguns contos de Manga Of Dead). E hoje eu venho falar de mais um mangá que eu gostei muito. E juro que eu nem queria tanto gostar assim. Achei que seria fraco, não desenvolveria bem o personagem. Copiaria muita coisa de outras obras e eu fiquei com medo. Mas óh. Não é que me surpreendi?
Prohphecy é um quadrinho (e se for reclamar de eu ter chamado mangá de quadrinho, ouça esse literáriocast, obrigada) que discute crimes virtuais. Ele trás a tona algo que eu discuti nesse texto aqui. Sobre o ódio, a revolta e o quanto as pessoas se aproveitam do anonimato para soltar sua raiva, medo e principalmente frustração, na web.
O texto de Tetsuya poderia ser fraco se ele não tivesse um objetivo tão claro. O que no começo parece ser um simples adolescente “pagando de fodão na internet”. É algo muito maior e vira realmente uma questão mais tensa e com um objetivo. Só que o quadrinho trabalha isso de forma lenta e primeiro te deixa criar uma “falsa” opinião sobre os acontecimentos para após você fazer todas as suas conclusões, te dizer o que realmente é.
Eu fiquei muito contente com o final desse primeiro volume e acredito que possa ser bem desenvolvido. Gostei principalmente do fato de ser apenas uma trilogia. Em três volumes o autor vai conseguir escrever o que precisa, sem enrolar e criar seres com grandes poderes, se perder no caminho.
Prophecy trabalha a questão de que heróis e vilões podem ser apenas pontos de vistas diferentes, o meu vilão, não é o seu herói e vice versa. E acho que isso pode ser muito bem trabalhado e quem sabe, esse mangá até nos faça repensar todo o “hater” na internet, não como algo positivo, mas para realmente não fazer isso.
Edição: 1 | Editora: JBC | Ano: 2014 | Páginas: 220 | Tradutor: Karen Kazumi Hayashida
Nota: 3,9/5
Comprar: Bancas (?) | Estou procurando link em lojas online.
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Anna, parece interessante!
As discussões sobre os perigos do suposto anonimato da internet são extremamente relevantes em uma época de tamanha evolução tecnológica e de pessoas cada vez mais inconsequentes e individualistas.
Ótima dica!
Bjs, Isabela 😉
Praça do Japão! 8]
Eu acho bem legal essas propostas de mangás Seinen (com temática mais madura), mas o problema, acho eu, de falar de ferramentas digitais seja datar a obra automaticamente. Não tem como saber como vão ser as formas de relacionamento virtual daqui uns anos. Mas o bom é que contém assuntos que sobressaiam da sua liguagem, temas universais, como a difusão de ódio.
Um mangá que queria ler, mas ainda não consegui é o 20th Century Boys. Pelo que vi ele também lida bastante com mistério e investigação, e um personagem mascarado (que droga de resumo).