Por Mateus Bittencourt
Um dos prédios mais seguros do mundo, que armazenava em sua caixa-forte centenas de milhões de dólares em diamantes, joias e outros bens, teve todas as suas medidas de segurança burladas e seus cofres completamente saqueados.
Usando apenas astúcia e inteligência, cinco ladrões italianos realizaram o maior roubo da história sem nenhum traço de violência física. O feito de Leonardo Notarbartolo e seus quatro comparsas – todos membros de uma gangue italiana conhecida como Escola de Turim – é tão inacreditável que parece a mais pura ficção.
Este livro é o resultado de um grande trabalho investigativo que retraça os passos dos cinco ladrões e também a
investigação da polícia belga. Desde o planejamento e execução do roubo aos deslizes que levaram à prisão do grupo, “Um Roubo Brilhante” traz todos os detalhes da história de um roubo incrível e espetacular.
Um Roubo Brilhante trazido pela Companhia Editora Nacional, é um livro de Scott Andrew Selby, um advogado especializado em diamantes, e de Greg Campbell, um jornalista premiado e escritor do livro Diamantes de Sangue, e que nos apresenta o relato real, ou o mais próximo possível, da história do maior roubo do mundo, e que deixou qualquer roteirista de Hollywood no chinelo.
O livro tem vários momentos, ele segue uma ordem obvia, que é toda a preparação de Leonardo Notarbartolo antes de roubo, e os acontecimentos após, como a investigação e coisas do gênero. Mas o livro também nos introduz a toda a industria de diamantes de Antuérpia, o grupo italiano de ladrões de jóias conhecidos como Escola de Turim, e até a
conceitos de leis internacionais e de como esse roubo ajudou a mudar algumas delas na União Europeia.
A narrativa no entanto, é diferente ao longo do livro. Toda a parte que antecede o roubo, como a preparação, reuniões e etc, aparenta ser uma ficção, ele introduz os personagens, o passado de cada um, a motivação, como qualquer obra de ficção. Isso me fez uma hora duvidar do quão real o livro era, mas eu vejo isso como algo positivo, só mostra o quão
extensiva foi a pesquisa dos escritores. Eu simpatizei tanto com o Notarbartolo que eu uma hora estava torcendo pra tudo dar certo, não me tocando que ele ia arruinar a vida de pessoas reais.
Já a parte depois do roubo, e todos os fatos históricos, informações sobre as cidades e a industria de diamantes tem um ar mais jornalístico. É escrita quase como um artigo de revista, só que muito maior, e com muito mais informações.
A leitura flui muito bem, e é muito agradável. Todos os cenários são muito bem descritos, o que pode ser algo positivo, em se tratando do local do assalto, te ajudando a visualizar todos os detalhes, mas também pode ser chato, quando se faz uma descrição quase que tolkieniana da fazenda de Notarbartolo, um lugar praticamente irrelevante para a história.
A história em si é muito boa. Você acompanha os dois anos de preparação de Notarbartolo e sua equipe, todos os desafios e soluções encontradas. O livro ainda brinca, fazendo referencias a filmes clássicos, como “Onze Homens e Um Segredo” e “Um Golpe à Italiana”.
O fato de ser a documentação de uma historia real, faz com que o livro não tenha a mesma emoção do que uma história de ficção, o que não chega a ser algo ruim, pela proposta do que é o livro, que é contar o que aconteceu, e não uma versão Hollywoodiana.
Gostei muito da resenha. Fiquei com muita vontade de ler esse livro. Obrigada pela dica!!! =D
Tenho muita vontade de ler esse livro! Só a capa já me chamou a atenção, e me interessei realmente pelo conteúdo do livro. Pela sua resenha — que aliás eu adorei — acho que o livro vai ser, hmmm… um pouco foda haha e meio monótono ás vezes… Bem, foi desse jeito que interpretei.
Obrigado pela resenha!!