Essa semana, estreou a nona temporada de Supernatural pelo canal CW. Exibida agora às terças-feiras (porque, afinal, ninguém morre numa terça-feira), a série – que, pessoalmente, é a minha preferida de todos os tempos – vem tendo seus altos e baixos ao longo das últimas duas temporadas, tentando lutar contra um misto de falta de enredo e excesso de temporadas. Enquanto eu sou uma daquelas fãs que torce pra que a série acabe antes que se desgaste mais, sigo acompanhando. Então bora pra review da priemere, I think I might like it here.
Relembrando a oitava temporada: depois de despachar todos os leviatãs desse mundo, Dean foi parar no purgatório junto com Castiel, onde fez algumas amizades, no mínimo, estranhas pra conseguir sobreviver. Enquanto isso, durante o ano que passou fora, contrariando toda a tradição dos irmãos Winchester, Sam não procurou por ele; acabou tocando a vida até o retorno do irmão, quando aconteceram todas aquelas choradeiras de family-bonding. Eles então descobrem a existência da Demon’s Tablet, que contém instruções com três testes que prometem fechar definitivamente as portas do inferno. Sam acaba se tornando o feliz sorteado para cumprir essas missões, o que acaba por destrui-lo de dentro para fora.
Neste episódio: começamos do ponto em que a oitava temporada acabou; Sam sofre um colapso antes de conseguir concluir a última tarefa (que consistia em curar um demônio – nesse caso, o Rei do Inferno, Crowley!) e os Winchester deixam a igreja em ruínas a tempo de assistir o espetáculo de anjos caindo, literalmente, do céu, no que depois será noticiado como uma “chuva de meteoros”. Humpf. Humanos.
Pouco depois, Sam e Dean estão no Impala, dirigindo para sabe-se lá onde. Mas alguma coisa está errada, e Sam logo vai descobrir o que é: nada daquilo está acontecendo de verdade. Eles estão na mente de Sam, que, na verdade, está num hospital, em coma. Dean, representando sua força de vontade, tenta convencê-lo a lutar pela própria vida; Bobby, que logo aparece, representando sua aceitação da morte iminente, rebate com o argumento óbvio de que, talvez, ele já tenha ressuscitado vezes demais e, caramba, ele merece um descanso. É nessa corda bamba entre escolher lutar ou morrer que Sam passa o primeiro episódio da temporada.
Enquanto isso, no mundo real, Dean apela lançando uma prece a todos os anjos que agora estão na Terra, pedindo socorro em nome de seu irmão. Castiel não está ao alcance – de fato, ele está mais distante e mais indisponível do que nunca, perdido numa estrada, ferido e, pra piorar, desprovido de sua Graça, tirada dele pelo anjo Metraton. Tentando descobrir como lidar com sua humanidade, Castiel cruza com Hael, outro anjo caído que, embora à primeira vista pareça perdida e inofensiva, logo se prova letal. Seu único objetivo é subjugar Cass e possuir o seu receptáculo. E, pensando bem, talvez até seja a melhor opção; enquanto ele tenta escapar de suas garras, todos os anjos caídos estão à sua procura, querendo a sua cabeça numa bandeja.
O que, obviamente, significam más notícias para Dean. Sua prece alertou um anjo camarada – Ezequiel – mas despertou o interesse de milhares de anjos que estão doidos pra colocarem suas mãozinhas nos Winchester e, principalmente, em Castiel. Mas Dean tem outras coisas com que se preocupar agora – os danos em Sam são piores do que ele previa, e seu irmãozinho está negociando com a Morte em pessoa. Para salvá-lo, vai ser preciso apelas: Ezequiel se propõe a curá-lo de dentro para fora, mas pra isso, precisará possuí-lo. E, dessa vez, não existe a opção de dizer não.
Confesso que não estava dando nada por esse episódio. Como disse mais pra cima, há tempos venho assistindo Supernatural muito mais por amor e consideração com a série do que por uma qualidade no enredo, que vem ficando mais e mais fraco com o passar dos anos. Por mim, o final do Apocalipse na quinta temporada teria sido o final perfeito da série. Embora a oitava temporada tenha sido razoavelmente melhor do que as duas anteriores, achei que não tinha mais nada que pudesse me deixar de novo naquele clima com a série.
Então sim, estou animada agora! Acho que posso gostar do que ainda está por vir.
Perguntas a serem respondidas: Ezequiel vai continuar no corpo de Sam? Se sim, até quando? E Sam não vai se dar conta de que tem alguma coisa errada com ele? Como vai ser a vida de Cass agora que ele é humano? E como os Winchester vão reagir à perda dos poderes do amigo? Afinal de contas, era bem útil. Sem sua Graça, Cass passa de badass pra alívio cômico em tempo integral. Ele vai aprender a lutar ou vai se transformar num peso morto? Ou há uma terceira opção, e de algum modo ele vai conseguir sua Graça de volta? Infelizmente, acho que vai demorar muito pra essas perguntas serem respondidas!
Podemos esperar para os próximos episódios: mais pancadaria dos anjos caídos, mais cenas engraçadas envolvendo Cass e coisas do cotidiano (como uma máquina de salgadinhos, roupas sujas e até uma privada, vai saber), e muitos momentos de tensão entre os Winchester. Só o de sempre.
Até mais, pessoal!