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[Séries] The Originals x The Vampire Diaries

tumblr_mut5447HwN1r9ykvfo1_500Há duas semanas, exatamente no mesmo dia, uma em seguida da outra, estreavam no canal americano CW duas séries vampirescas: The Vampire Diaries, em sua quinta temporada, seguindo com um fandom consolidado e uma audiência bem estável ao longo de sua história, e The Originalsspin-off de TVD que, embora tenha tido seu debut durante um episódio de TVD na temporada passada, chegou pra contar histórias de vampiros fora da pequena Mystic Falls.

Acompanho The Vampire Diaries desde a sua estréia, e sou fã da série desde então. Mas, tenho que admitir, com o passar das temporadas, senti que alguma coisa estava se perdendo, e não era só a humanidade da Elena; conforme os conflitos iam surgindo e, em algum nível, se fechando, ficou claro que os inimigos não permaneceriam para sempre os mesmos. Alianças eram formadas, amizades surgiam de lugares inesperados, e mesmo com as usuais reviravoltas da série (que são grande parte do motivo de eu ainda gostar muito de assisti-la), era como se sempre voltássemos ao mesmo ponto. A introdução desnecessária de um novo super-vilão durante a quarta temporada (Silas, o imortal mais antigo, que não é exatamente um vampiro, mas também não é humano, nem bruxa, nem nada que a gente consiga classificar) foi, pra mim, o sinal evidente de que TVD estava aos poucos caminhando pra um lugar parecido com o de Supernatural – criando inimigos meio sem cabimento pra forçar a história a continuar rendendo, e, a partir daí, fazendo os antigos inimigos virarem amiguinhos. Eca.

Mas então veio a notícia de The Originals, e o afastamento do grupo de vampiros mais filhos-da-mãe e causadores de problema da série foi uma boa notícia pra todos os lados; pro grupo que continuou em Mystic Falls, e que agora, sentimos muito, terão que se virar sem a ajuda dos Originais, e pra família Mikaelson, que enfim tem uma chance de voltar a ser o que eram: uma família com muitos distúrbios mentais e pouca misericórdia. Minha previsão estava certa. A quinta temporada de The Vampire Diaries começou com força total (e muito mais legal do que eu estava esperando, admito), e The Originals veio pra relembrar porque gostamos tanto de Klaus, Elijah e companhia – porque com eles, as coisas se resolvem com menos conversa e mais sangue jorrando.

Se, por um lado, os conflitos em Mystic Falls estão mais sérios do que em New Orleans – entre lidar com um cara que não tem verdadeiramente nenhuma fraqueza e desbancar um vampiro metido do seu posto de rei do pedaço, sem dúvidas o que eu escolheria como missão! – não dá pra negar que a pancadaria e as estratégias em The Originals são muito mais divertidas de se ver. Esqueça o sentimentalismo de Elena, os grandes laços fraternais, o mimimi de amor que transformou até a inconsequência de Damon em algo mais comedido. Não existe negociação usando outras pessoas como moeda de troca em The Originals. A importância da família tem um sentido bastante deturpado para os Mikaelson, e isso muda tudo. Tem uma garota esperando um filho meu? Mate-a. Preciso fazer aquele cara confiar em mim? Vou entregar meu irmão com uma estaca fincada no peito para ele em sinal de paz. Minha irmã acha que eu devia ser mais cuidadoso? Tem um caixão lindinho esperando por ela no nosso porão. Tudo simples, tudo rápido, tudo efetivo.

Até que ponto isso vai continuar, já são outros quinhentos. TVD já provou, embora a contragosto, que os Mikaelson podem ser humanizados, e não estão completamente isentos de encontrarem redenção algum dia. Se Elena e Stefan, reis da frescurite, já se tornaram frios e calculistas em determinados momentos de suas tramas, quem garante que Klaus ou Marcel, ou, saco, mesmo Silas, não poderão fazer o caminho inverso? Personagens se desenvolvem, coisas acontecem. Pessoalmente, torço pra que nada tire deles esse espírito violento. De vampiros dramáticos, já me bastou Crepúsculo. Enquanto houver sangue a ser derramado e risadas malignas a serem dadas, tudo estará bem.

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