Nossa história começa na terceira idade. Nosso protagonista Teo com 78 anos acaba de se mudar para um prédio onde você encontrará apenas velhinhos, aqueles a beira da morte, que as vezes não incomodam ninguém, já em outras, querem viver a vida como se não houvesse amanhã.
Teo por outro lado, é um personagem bem intrigante, enquanto quer pegar a síndica do prédio e dorme desejando a senhorinha que comanda a tertúlia literária, bebe mais cervejas que sua pequena pensão pode pagar.
Se nossa história fosse só isso, poderíamos nos fazer várias perguntas: “Que hora é vendido o cachorro?”, “Essa sinopse dá mesmo uma história?”, “Onde vamos chegar com isso tudo?”.
Eu me surpreendi bastante com a leitura e a forma com que Juan Pablo Villalobos construiu a história e no fim do caminho eu percebi que nenhuma das minhas respostas seriam respondidas. O autor de Festa no Covil coloca elementos diferentes e construiu uma história diferente de tudo que eu já li. Contou para mim várias coisas que só observo de longe. Como a vida no México, a velhice, uma adolescência artística e uma mãe louca por cachorros.
Os pequenos elementos vão construindo uma história que se fecha e nos mostra um pequeno panorama do cotidiano, do dia a dia, das fofocas, do disse e me disse, dos amigos que fazemos e perdemos e de como chegamos no fim da vida. Os cachorros quase não importam no fim das contas, mas eles tornam a história mais pesada e nos deixa em jogo com o protagonista.
“Te vendo um cachorro”, foi uma história que gostei do começo e do fim, o meio foi sinceramente, um tanto quanto cansativo, demorei para ler e queria muito que acabasse logo, mas tudo precisa ser lido, para o fim ser impactante como é.
ISBN-13: 9788535926316 | ISBN-10: 8535926313 | Ano: 2015 | Páginas: 248 | Editora: Companhia das Letras
Baci ;*
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muito bom
Obrigada