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[TrolandoD20em20] Imaginem que… – Parte I

Saudações! A coluna de hoje pretende explicar um pouco sobre essa figura icônica do RPG chamada (costumeiramente) de Mestre, além de expor algumas ideias para incrementar sua sessão de jogo.

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O papel de mestre está inserido em nossa cultura há muito tempo e é muito anterior ao RPG, digamos que ele nasceu quando a primeira pessoa contou uma história para alguém e esta ouviu e sentiu-se parte de tudo aquilo. Exatamente isso, o mestre em sua raiz é um contador de histórias e deve ter a capacidade de trazer o imaginário à realidade utilizando daquilo que melhor lhe convir. Então, quer dizer que meu pai e minha mãe também já foram mestres de RPG? Se eles lhe contaram alguma fábula (inventada ou não) e você entrou nela, mesmo que por poucos minutos, então com certeza eles foram. A imaginação é algo nato ao ser humano e serve muitas vezes como instrumento de aprendizado e diversão, quando vemos uma criança controlando seus carros e bonecos a mente dela está em outro local e não no sofá da sala ou na mesa da cozinha.  Conforme vamos crescendo a realidade nos aplaca e fica cada vez mais difícil sairmos da realidade sem grandes estímulos, daí a importância dos livros, filmes, fotos e etc. para mantermos essa fagulha lúdica em nosso subconsciente. A imaginação é como um músculo, se não for exercitada tende a ficar obsoleta e quando precisamos pode nos falhar.

Em termos de RPG, diferentemente do jogador o mestre deve ser muito imaginativo e preferencialmente ter domínio do sistema que pretende aplicar ao seu grupo, assim poderá discorrer com uma narrativa mais fluida evitando consultas ou debates desnecessários durante uma sessão de jogo.  Cabe ao narrador saber o grau imaginativo do seu grupo e lidar com isso, já tive experiências de jogo sem nenhum estímulo físico e fui transportado para outro lugar, simplesmente pelo potencial narrativo do mestre, assim como já passei por situações onde (mesmo com vários apetrechos) não consegui sair da cadeira e mesa onde me encontrava. Ser responsável por ativar a imaginação de outras pessoas pode ser uma tarefa penosa e complicada para os mestres que não se prepararam antes da sessão e pode trazer aos Pjs uma sensação de descontentamento o que será refletido no andamento do jogo, então CUIDADO! Prepare-se!.

A maioria dos livros dedicados ao mestre dá exemplos de como melhorar a narrativa, como aprimorar as descrições de cenas, como preparar o seu “mundo”, como adaptar a regra para que ela não complique seu estilo de narrar. Para o meu grupo utilizo, fotos, mapas, desenhos, miniaturas, música, sons e tudo aquilo que tenho em minhas mãos no momento de mestrar, obviamente tudo preparado com antecedência. (A internet hoje é espetacular para isso – Dica: aprenda a procurar com termos em inglês, eles tem muito mais coisas.) Caso não tenha acesso a esses recursos, tente (durante sua narrativa) colocar aspectos do cotidiano em suas histórias isso tornará sua aventura mais amigável e ajudará aos jogadores a ativarem suas fagulhas de imaginação, por exemplo ao invés de dizer: – “Vocês entram em uma sala e tem um homem ali!” você pode dizer: -“Ao entrarem nesta sala sombria, com pedaços de madeira quebrados e espalhados pelo chão, vocês enxergam um senhor sentado em uma cadeira de balanço no canto esquerdo. Ele veste um manto roxo sobre uma bela roupa amarela, tem um olhar sombrio e emana um cheiro estranho!”. Percebem a diferença? Bom, esse assunto é bem extenso e acho que podemos falar mais sobre ele semana que vem.

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 Então até lá!

 

“A mente é um fogo a ser aceso, não um vaso a preencher.” – Plutarco (filósofo grego)

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