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“Um copo de cólera” e a narrativa singular de Raduan

Existe uma coisa dentro de mim chamada curiosidade. E eu sou muito comandada por essa “coisinha”. Já fazia muito tempo que eu tinha curiosidade de ler algo do Raduan. Já ouvi tanta, mas tanta gente que eu gosto e confio no gosto literário falando de “Um copo de cólera” e “Lavora Arcaica” que eu me sentia em dívida com a leitura.

“Um copo de cólera” é um livro pequeno mas que as vezes parece nos conduzir por anos de leitura. Sua narrativa é diferente do que estou acostumada e me surpreendeu logo na primeira linha. Na forma como encara os personagens e situações da história transformando tudo em um livro poético tão cheio de sentimentos.

É impossível não sentir o desejo nas palavras ou os momentos de raiva. É uma escrita tão forte quanto seu protagonista e que segue uma linha muito tênue entre o permanecer ou o correr para se esconder.

Nos conduzindo por um dia seguinte Raduan narra todos os tipos de sentimentos em um livro breve e sem enrolações. Temos nuanças de coisas que poderiam justificar cada explosão do livro e isso torna o final muito curioso. Não sei dizer se eu amo o livro ou se algo me deixou insatisfeita. Acredito que em todo o momento que eu ouse novamente fazer a leitura vou ter uma opinião completamente nova sobre seus acontecimentos. Talvez eu ame e talvez tenha uma explosão de raiva e comece a bravejar como nosso protagonista.

A leitura de “um copo de cólera” foi algo totalmente novo e eu recomendo para quem gosta de narrativas elaboradas e que nos transformem no fim da leitura, onde você não consiga confiar pois tudo acontece na sua frente, mas você fecha os olhos com a mão para não ver ou não participar daquele acontecimento.

Como disse no vlog de leituras, não é algo que eu leria todo a semana, ou um livro desse por mês. Mas com absoluta certeza, voltarei para verificar se o copo está meio cheio ou meio vazio.


ISBN-13: 9788571642430 | ISBN-10: 8571642435 | Ano: 2013 | Páginas: 84 | Editora: Companhia das Letras

Nasceu em 1935, em Pindorama (São Paulo), e, lá passou a infância. Adolescente, foi com a família para São Paulo, onde cursou direito e filosofia na USP. Exerceu diversas atividades e estreou na literatura em 1975 com Lavoura arcaica. Tem livros traduzidos na Espanha, França e Alemanha e é considerado um dos maiores estilistas da língua portuguesa.

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Baci ;*

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