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[Resenha] A Lista do Nunca de Koethi Zan | Editora Paralela ( @cialetras)

A Lista do Nunca de Koethi Zan
Edição: 1
Editora: Paralela
ISBN: 9788565530408
Ano: 2013
Páginas: 272
Tradutor: Elvira Serapicos

SARAIVA – R$ 29,90 | FNAC R$20,90

Sinopse: Depois de um acidente de carro que sofreram quando ainda tinham dez anos, Sarah e Jennifer, amigas inseparáveis, passaram anos escrevendo o que chamaram de Lista do Nunca: uma lista de ações e atitudes que deveriam ser evitadas, a qualquer custo, para que se mantivessem sãs e salvas. Numa noite, no entanto, ao entrarem em um táxi, o destino das duas garotas as levou a um lugar que certamente não considerariam nem um pouco seguro. Sequestradas por um homem frio e adepto do sadismo, elas ficam acorrentadas em um porão com mais duas garotas por três anos.Dez anos depois de conseguir fugir, Sarah ainda tenta levar uma vida normal. Seu contato com pessoas se limita ao porteiro que diariamente entrega o que ela precisa para sobreviver e à sua psicóloga, que tenta ajudá-la a enfrentar cada novo dia. Seu sequestrador, porém, está prestes a conseguir uma condicional e, mais do que preparar um belo discurso de vítima, Sarah sente que este é o momento de agir. Para isso, vai enfrentar seus terríveis traumas em busca de uma história que nunca fora revelada.

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Lembra quando nossa mamãe falava aquela ladainha muito importante quando saíamos de casa? Não fale com estranhos, não aceite doce de estranhos, olhe para os dois lados quando for atravessar a rua e blá blá blá? Então isso é muito sério.  E em A Lista do Nunca as meninas, aqui personagens principais, crescem fazendo a sua própria lista:  A Lista do Nunca.

Quando o livro chegou aqui em casa ele logo pulou a lista de livros para ler. Vocês sabem como eu passo mal lendo livros de sequestro e abuso, eu fico realmente nervosa, me sentindo mal e com o coração apertado, mas sou teimosa. Acho que os livros do gênero são fortes e incrivelmente  bons, então não liguei para passar um pouco mal e adentrar nessa leitura.

 

 

A Lista do Nunca é forte, mas trabalha a linha temporal de uma forma diferente. Ele trabalha o tempo de cativeiro em flashback e foca na forma de sobrevivência pós trauma.  A principal vítima trabalhada é Sarah. Uma das sobreviventes do sequestro que busca encontrar o corpo da amiga que supostamente morreu antes de até mesmo entrar no cativeiro.

Koethi Zan trabalha principalmente o psicológico dos personagens, colocando muitas vezes em situações extremas para aproveitar o máximo disso. Seja sozinha, com outras pessoas ou vencendo a si mesma. Tudo se torna um grande desafio para as mulheres de A Lista Negra.  Aqui nada são flores e tudo pode ser muito, muito maior do que a primeira vista. A obra de Zan trabalha o quanto a quanto a polícia pode deixar muitas pontas soltas em um crime e vários enigmas para trás. Aqui as coisas podem tomar uma proporção muito maior do que o leitor e até mesmo os personagens imaginam e é incrível como 3 mulheres consegue ir tão longe em uma investigação que a polícia nunca teve provas de nada.

 

O livro é bem escrito, os acontecimentos ocorrem de uma forma tranquila e ao mesmo tempo intrigante. Apesar de um final que acaba sendo previsível com o passar do tempo ele é digno e se fosse diferente seria decepcionante. O livro deixa um “que” de romance no ar no final, mas sem ser escancarado na tua cara, isso ajuda te deixa com um gostinho de quero mais e quebra o lado tenso e forte de todo o livro.

Vamos ter assuntos polêmicos como “doer e prazer” então se prepare para entrar em clubes de sadomasoquismo e enfrentar estudos psicológicos sobre essas pessoas.   Os principais “psicopatas-sequestradores-ambiciosos-doentes” do livro tem algo relacionado a ensino, religião e psicologia. A maioria trabalha de uma forma nesse meio mostrando ao leitor que as pessoas que mais julgamos serem tranquilas, boas e serenas são as que mais devemos temer.

A diagramação do livro é a clássica diagramação da Paralela com um livro bem limpo e leve. A capa é fantástica e trás os itens da lista do nunca.

 

Aventure-se! O livro não é completamente perfeito e o policial facilita muitas coisas e incrivelmente as personagens são bem inteligentes, mas tudo caminha muito bem. A história funciona a favor dos personagens e assim eles vão até o fim de mãos dadas construindo uma história que vai te deixar com medo de entrar em qualquer carro.

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