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“A Arte De Pedir” ou como Amanda Palmer mudou minha vida com um livro.

Você provavelmente conhece Amanda Palmer como a cantora e compositora ícone e caricata com suas sobrancelhas desenhadas, seu cabelo ruivo e sua história como artista de rua que e como isso ajudou em sua carreira musical que emocionou pessoas em sua apresentação no Ted.

Amanda é uma pessoa para se conhecer de várias formas. Eu resolvi conhecer mais um pouquinho lendo seu primeiro livro: “A Arte de Pedir” publicado no Brasil pela Editora Intrínseca nesse ano de 2015. E ao terminar de ler, acho que descobri mais sobre mim e sobre a minha “arte” do que eu imaginava.

A identificação com Amanda ocorre caso que imediatamente, você pode até ter um pouco de medo quando olha ela de longe. Ela parece uma mulher super decidida e pronta para gritar, mas não é assim. A Amanda que conhecemos em “A Arte de Pedir” é a noiva de mais de dois metros que ansiava pelo contato visual dos estranhos que passavam nas ruas.

Lendo “A Arte de Pedir” eu sou aquele estranho na rua que observa Amanda e aceita a flor em recompensa pelas moedas que deixei em seu chapéu. Voltando do trabalho lendo o livro sentada no ônibus eu me perdia em aprender um pouco mais sobre as pessoas e como mesmo tão distantes eu e Amanda parecíamos irmãs gêmeas.

A conexão que Amanda Palmer consegue fazer com o leitor é incrível. Ela se abre, conversa sobre seu relacionamento, sobre seus medos, as histórias que já ouviu e toda a dificuldade que passou. Eu, você e ela estamos no mesmo barco. Sentados em uma mesa de café conversando qual será o próximo passo. E Amanda como já passou por aquilo te pede para pegar o chapéu e passar entre as pessoas.

Se você pedir, eles vão te ajudar.

Pedir não é algo fácil. Pelo menos para mim nunca foi.

Eu não consigo nem divulgar minhas coisas do blog/canal do youtube ou contos e textos que já escrevi no meu próprio facebook. Não sei pedir para amigos ou familiares me ajudarem com aquilo que considero a minha arte . Quando lancei meu primeiro conto em uma antologia que eu precisava comprar um nº x de exemplares eu sofri tudo que podia para guardar cada centavo e não precisar pedir nem para minha mãe o dinheiro daqueles livros. Não consigo nem pedir para meu próprio irmão dar um like no meu vídeo no facebook. E cada vez que alguém compartilha por vontade própria eu sinto que devo algo por aquilo.

Não, não é fácil lidar comigo e com todos os problemas que eu tenho em pedir qualquer coisa. E lendo “A Arte de Pedir” eu passei por momentos bem complicados onde precisava avaliar onde eu queria chegar e o quanto da ajuda das pessoas eu precisava.

Amanda abriu meus olhos com sua forma doce de contar as histórias de quando abriu os braços e simplesmente pediu, pediu por comida, uma cama, um copo de água ou um piano para ensaiar.

Enquanto a gente perde a crença da humanidade, “A Arte de Pedir” nos ensina não apenas a pedir, mas a aceitar aquilo que os outros estão dispostos em compartilhar. Afinal em todos os momentos de nossa vida, estamos indiretamente pedindo algo, mesmo se dissemos que não. Nós estamos aqui pedindo.

Eu estou aqui pedindo que acredite em mim.

Você está ai, pedindo que eu te convença e te fale sobre o livro.

Vivemos pedindo e seguimos sem entender como aceitar aquilo que nos dão. Em sua narrativa biográfica de uma vida com altos e baixos, medos, inseguranças, vitórias e conexão, Amanda Palmer me ensinou uma das coisas que eu mais precisava aprender sobre mim.

O que é? Eu vou deixar que vocês me perguntem, ou que deixem Amanda te contar.

ISBN-13: 9788580576894 | ISBN-10: 858057689X | Ano: 2015 | Páginas: 304 | Idioma: português  | Editora: Intrínseca

Amanda Palmer alcançou renome internacional como cantora, compositora, ativista, diretora e blogueira. Começou a carreira musical com a banda de punk cabaret The Dresden Dolls e foi uma das pioneiras em recorrer à plataforma de financiamento coletivo Kickstarter para lançar um álbum independente. O sucesso de sua campanha no site lhe rendeu o convite para dar uma palestra nos conceituados TED Talks, e o vídeo de sua apresentação teve mais de seis milhões de visualizações no mundo inteiro. Ao mesmo tempo que integra o Berkman Center for Internet & Society, da Universidade de Harvard, já mostrou a calcinha na televisão da Austrália. É casada com Neil Gaiman e tenta não manter residência fixa.

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Baci ;*

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