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A importância do Feminismo na Educação das Crianças por Chimamanda Ngozi Adichie

Eu poderia apenas falar que a leitura desse livro deveria ser obrigatória, mas como o Feminismo tem como premissa NÃO OBRIGAR NINGUÉM A NADA, eu vou apenas compartilhar a experiência de leitura e como achei esse pequeno livro de grande importância, e diria até mesmo de urgência para todos aqueles que querem criar seus filhos em um ambiente social mais igualitário.

Pega o café e vem comigo falar sobre “Para Educar Crianças Feministas”, da maravilhosa Chimamanda Ngozi Adichie.

Muitos já ouvimos falar sobre a Chimamanda, aqui no Brasil praticamente todos os seus livros já foram publicados pela Companhia das Letras, e sabemos que ela tem uma importante voz no movimento Feminista, pois desde que sua palestra “Sejamos Todos Feministas”, para a conferencia TED em 2012 foi adaptada para versão em livro o mundo pôde compreender melhor a visão dela sobre o movimento e como é importante que entendamos o que isso significa e porque nós precisamos dele.

Ela tem uma forma muito honesta de falar sobre o assunto, debatendo sobre os problemas recorrentes do patriarcado e de uma sociedade que cultua o machismo. Por conta dessa influência, uma amiga de infância lhe pediu para que ela a orientasse sobre como criar a filha de acordo com o feminismo. Em resposta, Chimamanda escreveu uma carta listando 15 conselhos que ajudariam tanto a filha a crescer com ideais igualitários, como ajudaria a própria mãe (a amiga dela) a desconstruir alguns conceitos machistas que infelizmente todos nós cultuamos ao longo da vida. O fato é que essa carta também foi adaptada para a versão em livro o que acabou por se tornar uma espécie de mapa das reflexões da própria Chimamanda como uma feminista. Daí nasceu “Para Educar Crianças Feministas – um manifesto.”

LEIA AQUI A RESENHA DE SEJAMOS TODOS FEMINISTAS

Nesse manifesto ela não dá nenhuma fórmula mágica de como educar uma criança, e também não diz nada que já não seja o óbvio, ou o que já deveria ser praticado. Eu creio que a intenção é reafirmar essas práticas e orientar de forma suave, porém direta, sobre assuntos sempre vistos de forma espinhosa e que acabam gerando grandes polêmicas. A bem da verdade é que há uma extrema necessidade de discutir sobre isso, e “é moralmente urgente termos conversas honestas sobre outras maneiras de criar nossos filhos, na tentativa de preparar um mundo mais justo para mulheres e homens”. Não temos como discordar, não é mesmo?!

Acredito que muitos de nós crescemos de acordo com um padrão baseado no nosso gênero, ou seja, crescemos ouvindo coisas dos tipo:

meninas de rosa, meninos de azul:
meninas brincam com boneca, meninos com bola;
meninas tem que ser delicadas, meninos tem que ser durões;
meninas tem que ser sensíveis; meninos não choram;
menina tem que ser dona de casa, menino tem que ser provedor;
menina que namora muito é puta, menino que namora muito é garanhão…

Há uma infinidade de exemplos que posso citar aqui, mas só prolongaria o post desnecessariamente. A questão é: quantos de nós já escutamos algo parecido? E quantos de nós podemos dizer que já sofremos com a imposição desses padrões?

Falando da minha experiência pessoal, é difícil crescer buscando ser aceita em determinado padrão, aprisionadas em estereótipos inalcançáveis. Acho de máxima importância que os pais, professores e outros responsáveis por formar o caráter das crianças, sejam munidos de informações e orientações como essas para que elas possam crescer entendendo que o gênero não deve condicionar ninguém a nenhum conceito previamente formado. E que todos temos igualmente valor.

Mas infelizmente ainda há uma demonização do Feminismo e do que ele expõe, o que é uma alerta para a extensão do patriarcado e dos problemas que ele causa na sociedade. E quando se ler algo como esse manifesto, com os conceitos pautados tão clara e sinceramente, propondo auto análise e reflexões válidas a cerca da criação dos filhos, e do mundo que queremos para essas crianças, nós devemos indicá-lo para o maior número de pessoas possíveis.

E mesmo para quem não é mãe e/ou não pretende ser a leitura também é mais do que necessária para ajudar na desconstrução de padrões machistas e opressores. Não que seja fácil, pois não é, e todos nós sabemos. A desconstrução é um exercício e obviamente, exercícios exigem prática e talvez a Chimamanda com “Para Educar Crianças Feministas” nos dê uma boa ideia de como começarmos.

Recomendo como livro de cabeceira, sempre ao alcance para ser relido quantas vezes forem necessárias.

Onde Comprar:  Amazon  – Amazon KindleSubmarinoAmericanas – Saraiva

ISBN-13: 9788535928518 | ISBN-10: 8535928510 | Ano: 2017 | Páginas: 96 | Editora: Companhia das Letras

Chimamanda é uma escritora nigeriana, da etnia Igbo, conhecida por seus romances e contos. Nasceu em Enugu, mas cresceu na cidade universitária de Nsukka, no sudeste da Nigéria, onde se situa a Universidade da Nigéria. Seu pai era professor de Estatística na universidade, e sua mãe trabalhava como secretária no mesmo local. Quando completou dezenove anos, deixou a Nigéria e se mudou para os Estados Unidos da América. Depois de estudar na Universidade Drexel, na Filadélfia, Chimamanda se transferiu para a Universidade de Connecticut. Fez estudos de escrita criativa na Universidade Johns Hopkins de Baltimore, e mestrado de estudos africanos na Universidade Yale.
Seu primeiro romance, Purple Hibiscus (Hibisco roxo), foi publicado em 2003. O segundo romance, Half of a Yellow Sun (Meio sol amarelo), foi assim chamado em homenagem à bandeira da Biafra, e trata de antes e durante a guerra de Biafra. Foi publicado em 2006 e ganhou o Orange Prize para ficção em 2007.

{ Esse livro foi enviado pela editora Companhia das Letras. para resenha no blog. Em compromisso com o leitor, sempre informamos toda forma de publicidade realizada pelo blog

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