Apesar de Michael Cunningham ser mais conhecido por “As Horas”, livro que ganhou o Pulitzer de Literatura, eu comecei a conhecer o autor pelo livro “A Rainha da Neve”, lançado em 2015 pela editora Record.
E começo a resenha dizendo que talvez Cunningham não seja um autor para entrar para minhas listas de preferidos, mas é com toda certeza um ótimo autor. Daqueles que sabe como conduzir uma história, como trazer seus personagens para o leitor conhecer e também como terminar com estas histórias que criou.
“A dor de Tyler, uma dor menos, a umidade de sua engrenagem interior, todos esses elétrons que zumbem e faíscam em seu cérebro, foi enxugada pela cocaína. Um instante atrás, estava sem foco e mordaz, mas agora – após uma rápida inalada de pura magia – ele é todo acuidade e verve. Despiu a própria fantasia, e seu genuíno figurino de si mesmo lhe cai à perfeição.”
O livro me surpreendeu pela forma com que trabalha seus personagens, suas buscas, suas verdades, suas tragédias. Eles são o ponto alto da obra a ponto de não importar o final, o importante é conhecê-los, se encontrar com eles, entender suas motivações, suas perdas.
O livro cheio de verdade as vezes perde a beleza da ficção por trazer esse quê de realidade e conquistar o leitor por conseguir mostrar o que ele quer. E no final, apesar de Cunningham ser para leitores bem específicos (na minha opinião), pode fazer muitos leitores se encontrarem pelo caminho no seu estilo preferido.
ISBN-13: 9788528620313 | ISBN-10: 852862031X | Ano: 2015 | Páginas: 252 | Editora: Bertrand Brasil
Michael Cunningham: (6 de Novembro de 1952) é um escritor norte-americano que ficou conhecido pelo seu romance de 1998, As Horas, que ganhou o Prémio Pulitzer para ficção e foi adaptado em 2002 para o cinema.
Baci ;*
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