Dias atrás estava dando uma olhada no catálogo do nosso querido Netflix e pedi indicações de séries a um amigo. Ele me sugeriu a minissérie Call The Midwife, algo perto de “chamem a parteira”, li a premissa e brinquei dizendo que parecia o Grey’s Anatomy da década de 50 *risos* e logo me interessei.
Call The Midwife é um seriado britânico exibido pela BBC criado pela roteirista e dramaturga Heid Thomas em 2012, e conta a história do trabalho das parteiras e enfermeiras na Inglaterra da década de 50 no Leste de Londres. A série é baseada nas memórias da parteira e então escritora, Jennifer Worth.
Além de Call The Midwife, Jennifer também escreveu Shadows of the Workhouse e Farewell to The East End, uma trilogia de grande sucesso no Reino Unido que vendeu milhões de cópias.
Na série adaptada pela TV vemos a jornada de Janny Lee, uma enfermeira recém formada na especialidade de parteira, chegando East End para trabalhar com uma ordem de freiras enfermeiras no convento Nonnatus House. Lá Janny se depara com uma comunidade muito precária, com pessoas vivendo em situações sub-humanas, com famílias enormes e onde a natalidade era algo quase que fora de controle.
As temporadas da série tem no máximo 10 episódios com duração de mais ou menos 45 à 50 minutos. Dá pra assistir rapidinho. Os episódios são narrados pela Janny em sua fase madura, como se ela tivesse falando das suas memórias. Achei a fotografia e o figurino impecáveis. O elenco, apesar de não conhecer muitos nomes, achei afiado e muito bem composto.
Call The Midwife tem um apelo feminino forte evidenciando o protagonismo das mulheres e contextualizando o quão importante foi para a sociedade da época. O bacana dessa série é que como é ambientada na década de 50, podemos abrir um comparativo entre o antes e o depois da evolução da medicina e qual a influência dessas mulheres na época, numa sociedade extremamente preconceituosa e com uma grande disparidade de níveis sociais.
Em muitas cenas de tirar o fôlego vemos as dificuldades nos partos quando a tecnologia era escassa, muitos com complicações que hoje não são nem mesmo classificados como complicado. Vemos também muitos casos de abusos, preconceitos raciais e miséria extrema.
Mas além de todo o contexto social, a série também tem uma pitada de humor. Há uma diferença, tanto de idade quanto de costumes, entre as freiras e as parteiras. Cada uma das mulheres do Nonnatus House tem uma peculiaridade e essa mistura dá uma suavizada no enredo arrancando várias risadas.
A série tem em torno de cinco temporadas onde não sabemos ainda sobre a sexta temporada, espero que sim. Foi uma escolha despretensiosa que me rendeu algumas noites em claro mas um grande aprendizado e admiração por essas mulheres.
Criador: Heidi Thomas
País de origem: Reino Unido
Idioma original: Inglês
Exibição: BBC One
Transmissão original: 15 de janeiro de 2012 – presente
N.º de episódios 33
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Também estou muito interessada em assistir essa série. Acredito que é muito importante estarmos cientes das dificuldades que nós mulheres passávamos e que infelizmente ainda enfrentamos nos dias de hoje.
Na netflix do Brasil tem ela?