O que não falta hoje é série boa não é mesmo? De todos os gêneros e para todos os gostos as produções de seriados vem crescendo cada vez mais. Nesse tipo de produção conhecemos diversos atores e atrizes de uma forma mais ampla, explorando mais seus talentos.
Eu pude ver isso assistindo Orange Is The New Black que conta com um elenco tão diversificado com lésbicas, héteros, bissexuais, transgênero, negras, brancas, asiáticas, latinas e por aí vai. É o exemplo perfeito de série que mostra a representatividade feminina.
No início, até mais ou menos a metade da segunda temporada eu não tinha tanta certeza da qualidade da série, apesar de ser interessante e arrancar muitas risadas, o propósito dela não tinha ficado claro e acabei desenvolvendo uma espécie de amor e ódio por ela. Em alguns momentos pensei em desistir de assistir. Foi preciso perseverar e o apego aconteceu gradativamente.
Parece estranho dizer que gosto de uma série e que indico mas que é preciso perseverar. A questão do apego é muito particular. Comigo foi assim. Mas em minha defesa, se pegarmos como exemplo o foco da história nas primeiras temporadas, esse argumento torna-se plausível.
A primeira temporada se inicia com a Piper Chapman se entregando à Litchfield, uma penitenciária de segurança mínima, para cuprir 15 meses de detenção por um crime que ela cometeu 10 anos antes junto com sua ex namorada, a traficante Alex Vause.
Esse início mostra a adaptação da Piper na prisão, os perrengues que ela passa, as amizades que ela vai fazendo e claro, o reencontro com a Alex. É óbvio que esse foco é necessário, até porque a Piper é a protagonista, mas se avaliarmos as histórias de uma maneira geral, ela é a personagem menos interessante.
Não sei se é do conhecimento de todos, mas a série foi inspirada no livro de mesmo nome, escrito por Piper Kerman, ou seja, existe uma Piper que realmente se envolveu com uma traficante no passado e foi presa, algumas informações são fatos verídicos.
Considerando o comentário anterior, eu preciso salientar que não estou falando que a “Piper verdadeira” não seja uma pessoa legal, ou que sua história de vida seja desinteressante. Em uma adaptação, nem tudo que foi originalmente escrito é representado ao pé da letra da tela. A questão aqui, não é discutirmos o livro ou a relevância da vida da “verdadeira Piper” e sim a série idealizada por Jenji Kohan.
É possível perceber ao longo das temporadas que a história da Piper funciona mais como um “ponto de partida” para outras bem maiores e mais complexas. Conhecemos mais da vida das outras detentas, e a Chapman acaba ficando em segundo plano. Até mesmo a Alex que deveria ser apenas uma extensão dela, tem uma presença mais marcante sendo individualmente interessante, como comprovamos na terceira e na quarta temporadas.
As comparações são muitas vezes injustas, mas nesse caso é inevitável, pois apesar de se sair bem, a Taylor Schilling que faz a Piper, não tem a mesma desenvoltura da Laura Prepon, e sua performance fica um pouco atrás, e se ampliarmos as comparações com o elenco como um todo, ela acaba deixando a desejar.
Além da lindíssima Laura Prepon como Alex Vause, as personagens que se destacam são: Suzzane a “Crazy Eyes” interpretada pela premiada Uzo Aduba. Nicholls viciada em heroína e uma dos melhores personagens da série vivida pela talentosa Natasha Lyonne. Sophia Burset dignamente interpretada pela atriz transgênero Laverne Cox. Poussey vivida pela Samira Wiley responsável pelas lágrimas derramadas na quarta temporada. A Red uma espécie de mãe durona vivida pela Kate Mulgrew. E a divertida Taystee interpretada pela Danielle Brooks.
A quarta temporada em especial foi de encher os olhos, elevando ainda mais o nível da série evidenciando as questões sociais dentro de uma prisão feminina, trazendo abordagens mais profundas sobre abuso de poder, arbitrariedade, violência sexual e racismo, nos agraciado com cenas belíssimas, diálogos acertados e bem preparados. E mesmo contendo mais tensão continuou trazendo o alívio cômico característico, fechando seu quarto ano de forma excepcional e deixando aquela típica ansiedade para sabermos o que vem depois.
Orange Is The New Black é uma produção original do Netlfix, aliás foi uma das primeiras do serviço, e vocês podem conferir as quatro temporadas exclusivamente lá.
Gênero: Drama, Comédia
Duração: 51 – 92 min.
País de origem: Estados Unidos
Idioma original: Inglês e Espanhol
Produção Produtor(es): Neri Kyle Tannenbaum
Distribuída por: Netflix
Elenco:Taylor Schilling, Laura Prepon, Michael J. Harney, Michelle Hurst, Kate Mulgrew, Jason Biggs, Uzo Aduba, Danielle Brooks, Natasha Lyonne, Taryn Manning, Selenis Leyva, Adrienne C. Moore, Dascha Polanco, Nick Sandow, Yael Stone, Samira Wiley, Lea DeLaria, Elizabeth Rodriguez, Jackie Cruz,
Tema de abertura: “You’ve Got Time”
Transmissão original : 11 de julho de 2013 – Presente
N.º de temporadas: 4
N.º de episódios: 52
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