Vídeos Segunda, Quarta e Sexta.   SE INSCREVA

Search

[Resenha] Cruzando o Caminho do Sol – Corban Addison | @Novo_Conceito

Sita e Ahalya são duas adolescentes de classe média alta que vivem tranquilamente junto de seus familiares, na Índia. Suas vidas tranquilas mudam completamente quando um tsunami destrói a costa leste de seu país, levando com suas ondas a vida dos pais e da avó das meninas. Sozinhas, elas tentam encontrar um modo de recomeçar a vida. Mas elas não devem confiar em qualquer um…

Enquanto isso, do outro lado do mundo, em Washington, D. C., o advogado Thomas Clarke enfrenta uma crise em sua vida pessoal e profissional e decide mudar radicalmente: viaja à Índia para trabalhar em uma ONG que denuncia o tráfico de pessoas e tenta reatar com sua esposa, que o abandonou.

Suas vidas se cruzarão em um cenário exótico, envolto por uma terrível rede internacional de criminosos.

Abrangendo três continentes e duas culturas, Cruzando o Caminho do Sol nos leva a uma inesquecível jornada pelo submundo da escravidão moderna e para dentro dos cantos mais escuros e fortes do coração humano.

Antes de qualquer outra coisa, queria dizer que por mais que o livro tenha inspirado a atual novela das 8 da globo, a obra do Addison é infinitamente melhor e mais envolvente. Pronto, dito isso já podemos partir pra resenha em si.

401364_152536118194336_100003138450060_207454_134959411_n_large

Não sei bem o que eu esperava quando comecei o livro, que tem umas 500 páginas quase. A pegada mais política/judicial dele me chamou bastante atenção, já que o próprio autor do livro é advogado. A jornada das meninas indianas envolve e contagia, você se vê torcendo por elas e sofrendo com as situações que elas passam.

Vale ressaltar que apesar da pegada mais política da coisa, o livro ainda sim é uma ficção, um drama. Por mais real que seja o contexto geral, a quantidade de desgraças que acontecem com as meninas chocam: tsunami, contrabando, mula de drogas, prostituição, estupro e por aí vai. Ok, essas coisas acontecem por aí, mas me incomodou a necessidade de colocar TODAS as desgraças do universo naquelas duas personagens.

Outro lado do livro é o do personagem Thomas, que é um advogado americano que vai pra Índia trabalhar em uma ONG contra tráfico humano. No começo a intercalação das partes das irmãs e de Thomas me irritava um pouco, principalmente pela disparidade de ritmo: enquanto as irmãs tinham 1001 coisas acontecendo ao mesmo tempo, o advogado sentava e ficava mimimizando sobre a filha que morreu, a mulher que o deixou e o emprego de merda.

Aí eu entro num ponto que me fez tirar alguns pontos do livro na avaliação final: ritmo. O livro é divido em partes, se não me engano quatro, mas só das duas últimas são aceleradas o suficiente pra você não querer largar o livro.

As boas primeiras 200 páginas são gastas ambientando, explicando o sistema judicial indiano meio que por cima, explicando a rede de tráfico e por aí vai. É interessante? Sim. Ajuda na criação do ‘mundinho’ do livro? Com certeza. O problema é que eu não preciso saber a distancia entre duas cidades na Índia ou o nome específico em híndi das testemunhas lá.

Autor em Curitiba

No final das contas: o livro é bom, muito bom. MÃS é aquele livro pra se ler aos poucos, em paralelo com outros livros com ritmo mais acelerado. Vale a leitura, mas não leria mais de uma vez.

Ganha 3,6 xícaras de chai!

Sair da versão mobile