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Dodge, um conto para ler AGORA!

“Lita fez algo terrível. Mas ela quer contar a história com as próprias palavras. O que aconteceu entre ela, sua mãe e, especialmente, Dodge.”

Na minha opinião, para um conto ser bom, ele precisa de duas coisas: 1. Começar antes da leitura, 2. Terminar depois que o leitor já foi embora. E felizmente aqui temos isso e eu vou explicar para você no decorrer dessa resenha.

Poucas coisas eu amo de verdade dentro da literatura, sabe aquelas coisas que você defende com unhas e dentes? Os contos, para mim são assim. É a partir deles que você conhece o autor, sua escrita e pode conhecer todos os caminhos que ele pode percorrer, não tem restrição de gênero, são rápidos, diretos e em sua maioria, sensacionais.

Eu comecei escrevendo contos, já tenho alguns publicados. E confesso que depois da leitura de Dodge eu fiquei ainda mais empolgada em colocá-los na Amazon para vocês. Para vocês terem a ideia do poder de um bom conto.

Mas vamos parar de falar de mim, e se concentrar em Lita e Dodge. Os dois personagens fascinantes desse conto que claro, temos vontade de conhecer mais, mas aqui está o poder do conto: não precisamos.

Quando começamos a leitura de Dodge, as coisas já aconteceram, Lita está em uma sessão de terapia conversando com sua médica, enquanto somos telespectadores e ouvimos aos poucos os detalhes que ela nos permite saber, Dodge era seu cão e coisas aconteceram, coisas importantes que a levaram até ali para aquela sala estéril.

Lita é uma garota sincera, mas que passou por algumas coisas na vida que transtornaria qualquer pessoa, sabemos disso pois ela nos conta coisas que passaram antes das primeiras linhas desta história. É disso que falo sobre a história já ter começado. Para um conto ser bom (na minha opinião), a história deve estar correndo, o leitor que dê seus pulos para acompanhar o ritmo, até poder dar aquela pausa para respirar e compreender o climax de tudo.

Quando finalmente descobrimos os motivos e as razões, compreendemos Lita, você pode achar suas ações exageradas ou não, mas precisa compreender que o que Lita nos mostrou de sua vida não acaba ali. Ela continua, em diversos fragmentos e contos, que não cabe ao leitor controlar e saber, como se o conto fosse um organismo vivo e se mantivesse por ainda muito tempo após a leitura.

Minha dica é leia Dodge agora, Clara tem uma facilidade incrível com as palavras e é uma autora nacional que merece destaque pelo que está produzindo. Se você gosta de conhecer novos autores, esta é uma oportunidade sem erro.

Para alegrar este post, foto do RIVER (cachorro da Clara), que eu roubei do facebook da autora.

Onde Comprar:   Amazon Kindle

Clara Madrigano  é escritora e jornalista, e sua paixão por publicar é o resultado óbvio de anos de uma relação masoquista com leitura e escrita. Suas histórias já apareceram na Revista Trasgo, na Superinteressante e no segundo volume da coletânea de sci-fi feminista Universo Desconstruído.

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