Já era esperado que o fim separasse os fãs. E Eduardo, graças aos arcanjos, não tem poucos. O fim da trilogia de quatro livros (não podemos esquecer a batalha) divide opiniões entre os fãs mais empolgados e eu não podia deixar de lado, precisava também saber o que Spohr tinha feito e terminado sua saga.
Eu confesso que não tinha gostado tanto do segundo livro, como do primeiro. As vezes fico meio chateada (mas compreendo) com a forma que Spohr se perde em seu mundo, na construção da história, dentro da sua mitologia e esquece seus personagens que a gente ama. Isso é comum no estilo do autor. Principalmente quando toda a mitologia ajuda ainda mais para que essa seja a parte importante da história. Mas mitologia sem personagem, não ganha o leitor.
Eduardo é muito bom em detalhes, em passados e em passar para o leitor aquilo que ele está imaginando. Esperamos muito seus livros e com alegria, sabemos que no final, a espera terá valido a pena. Temos ótimos autores de literatura fantástica no Brasil. Gustavo Brasman e Gustavo Norris por exemplo são incríveis. Mas Spohr se destaca, sua legião de fãs aprendeu desde cedo que um teria sua batalha e Eduardo não nos deixou na mão. O autor que é sempre tão simpático, caprichou em seu único livro. Que tem seus altos e baixos como todos os livros, mas finaliza a história de uma forma muito digna.
“Paraíso Perdido” termina com dois grandes sentimentos, o coração apertado de deixar Kaira e Denyel e a ansiedade de saber agora, o que Eduardo vai escrever, se continuará com seu mundo celestial ou desbravará outros mundos. O livro nos deixa nostálgico ao lembrar de quando folheamos pela primeira vez “A Batalha do Apocalipse” que tenho em minha edição especial.
Acredito que mesmo que “Paraíso Perdido” não tivesse histórias ou personagens, seria uma experiência incrível para quem acompanhou tudo até aqui. Serão provavelmente dois livros no futuro. Os fãs mais antigos o verá de uma forma, enquanto os jovens leitores podem gostar e desgostar de coisas diferentes. Aos poucos, nosso coração está tão ligado a obra que perdemos até nossa forma de julgá-la. Queremos apenas encontrar Eduardo em mais um lançamento, pegar seu autógrafo e agradecer por todos esses anos ao lado de seus anjos e arcanjos.
ISBN-13: 9788576864752 | ISBN-10: 8576864754 | Ano: 2015 | Páginas: 560 |Editora: Verus
Escritor, jornalista, blogueiro e participante do NerdCast, o podcast do site Jovem Nerd. É autor do romance best-seller “A Batalha do Apocalipse” e atualmente ajuda a gerenciar o selo editorial NerdBooks, voltado à literatura fantástica. É, ainda, professor da faculdade Hélio Alonso, no Rio de Janeiro, onde ministra o curso “Estrutura Literária – A Jornada do Herói no Cinema e na Literatura”.
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Eu li o primeiro através do meu cunhado, mas tenho interesse em adquirir essa série, parece muito boa!
Eu fiquei um tanto quanto decepcionado com esse terceiro volume. Só terminei o livro com muita força de vontade e por lembrar dos bons momentos que a Batalha do Apocalipse me proporcionou.
Ainda que alguns elementos da primeira parte do livro venham ser fundamentais no final, ela é muita extensa e cansativa. Certos momentos e personagens são mal descritos de forma que eu não consegui desenvolver empatia.