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LeYa publica “As lembranças de Alice”, de Liane Moriarty.

Alice Love está para fazer quarenta anos e sofre um acidente, perdendo dez anos de sua memória.

 

“– Quantos anos você tem, Alice?

– Tenho vinte e nove, Jane. – Alice estava irritada pelo tom dramático de

Jane. Onde estaria querendo chegar? – A mesma idade que você.·.

Jane se sentou, encostou e olhou, triunfante.

Ela disse:

– Acabo de receber um convite para seu aniversário de quarenta anos.”

 

“E esse foi o dia em que Alice Mary Love foi para a academia e, num descuido, perdeu uma década de sua vida.” Sim, uma década inteira. Prestes a completar 40 anos, Alice só lembra de sua vida até os 29. Tendo se transformado em uma pessoa um tanto quanto complicada, com três filhos e um casamento instável, a personagem se vê em uma situação nada invejável: a perda quase completa da memória e uma vida também quase completa que passou deixando poucas lembranças.

“– Não me lembro de nada – disse Alice. Parecia tão cruel que ela não conseguisse

se lembrar de férias tão maravilhosas, como se outra Alice tivesse vivido aquela vida em seu lugar.”

A editora LeYa lança em junho “As lembranças de Alice”, da escritora Liane Moriarty. Contando a história de uma mulher que, por um pequeno incidente, vê-se em uma situação muito complicada: tem que recuperar – e logo – as lembranças de seus últimos 10 anos que se esvaíram em uma queda na academia.

Em 1998 Alice era ainda quase uma menina. Mesmo com 28 anos, acabara de se casar com o amor de sua vida, Nick, um homem simpático, gentil e amoroso, tinha uma irmã e uma melhor amiga que não desgrudava e estava grávida de seu primeiro filho (ou filha). De engraçada, amorosa, destrambelhada e apaixonante, a personagem se descobre sendo uma mulher beirando os 40, fria, poderosa, rica, excessivamente organizada e divorciada. Mais do que isso, odiada pelo marido, invejada pelas colegas, sem amizades verdadeiras e quase maluca. Sua irmã, Elisabeth, ou Libby como costumava chamá-la, sempre fora a mais controladora e hoje, já na quarta tentativa de engravidar, beirava à loucura, com cartas sem respostas a um psiquiatra. Seria tudo um sonho? Se fosse, Alice não via a hora de contar tudo para Nick, o verdadeiro, não aquele de voz grossa e petulante que falara com ela ao telefone logo depois do acidente.

Com capítulos intercalados, começando por Alice que, assim como o leitor, de nada sabe sobre sua vida desde 1998; Elisabeth, sua irmã mais velha que interage com o leitor por meio de cartas a seu psiquiatra; e capítulos com a moderna bisavó Frannie, em forma de posts de seu blog quase famoso, “As lembranças de Alice” é mais do que um livro sobre perda de memória, mas sim uma lição sobre as reviravoltas que a vida pode dar e as posições que decidimos tomar, às vezes involuntariamente.

Assim, simples assim. Em dez anos muita coisa pode acontecer e nós podemos mudar de maneiras que nem podemos imaginar. Uma história tocante e forte, para os corações fortes que veem a realidade da vida, mesmo na literatura e nos romances. Uma resposta ao que devemos fazer quando o destino nos prega uma peça.

 

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