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O Avesso das Coisas – Aforismo

Lançado originalmente 1987, Carlos Drummond de Andrade resumiu em pedacinhos de papel, os mais variados tipo de anotações prosaicas, em ordem alfabética, um elenco do que ele chamou de “mínimas” a fim de convidar o leitor a visitar o avesso das coisas, que segundo ele, nem sempre é perceptível mas às vezes curioso ou surpreendente.

Nesta reunião de aforismo, Drummond define amor, Deus, governo, literatura, país, etc. levando em consideração as suas experiências vividas. Propondo  fazer uma contraposição das ditas máximas dos grandes moralistas, resultando em uma seleção bem-humorada, irônicas e inteligentes.

INFERNO
“Se houver sociedade no Inferno, é difícil concebê-la diferente da nossa”

Esses verbetes com significados próprios e aguçados brincam com os sentidos das palavras já conhecidas, e com toda a maestria do autor não tem como não ver um pouco de poesia em cada um deles.

LOUCURA
“Em um mundo em que a loucura se vai tornando compulsória, nem por isto se concedem privilégios aos loucos.”

POESIA
“O poeta é um mentiroso que acaba dizendo as mais belas verdades.”

É um tipo de leitura que não se faz necessária em sentido linear, mas sim de forma fortuita, até mesmo acidental, eu diria. Para além de breves significados, é um livro para se demorar, se deixar divagar. Para fazer pensar por outras perspectivas.

Como são aforismo que trazem a vivência do autor, alguns podem não fazer sentido algum, outros vão atingir em cheio. Mas assim como a sua poesia, ou qualquer um de seus escritos, o leitor não sairá imune a sua escrita e sua subjetividade.

Recomendo!

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ISBN-13: 9788535932720 | ISBN-10: 8535932720 | Ano: 2019 | Páginas: 288 | Editora: Companhia das Letras

Carlos Drummond de Andrade Nasceu em Minas Gerais, em uma cidade cuja memória viria a permear parte de sua obra, Itabira. Posteriormente, foi estudar em Belo Horizonte e Nova Friburgo com os Jesuítas no colégio Anchieta. Formado em farmácia, com Emílio Moura e outros companheiros, fundou A Revista, para divulgar o modernismo no Brasil.
Durante a maior parte da vida foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguido até seu falecimento, que se deu em 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua única filha, a escritora Maria Julieta Drummond de Andrade. Além de poesia, produziu livros infantis, contos e crônicas.

{ Esse livro foi enviado pela Editora Companhia das Letras para resenha no blog e esta postagem é um post pago.Em compromisso com o leitor, sempre informamos toda forma de publicidade realizada pelo blog 

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