Leitores do Pausa, olá! Não sei se vocês repararam, mas o Pausa está lindo! Sim! E eu amei minha coluna. <3
Hoje eu vim trazer um filme para vocês de 5 anos atrás mas que eu só fui ver agora – sim, só vi também porque o pessoal ficava falando “ah, mas esse filme é muito bom, lindo, maravilhoso…” Enfim, tudo! Até nas redes sociais se falava dele e haviam diversas montagens e etc. e tal. Não é muito o meu estilo de filme (comédia romântica) mas decidi dar uma chance.
Pensei que seria a mesma história de comédia romântica de sempre: o mocinho se apaixona pela mocinha, acontece alguma coisa que eles brigam ou porque um deles é mau caráter mesmo aí ficam separados e começam a relembrar o quanto era bom estarem juntos e decidem voltar correndo para os braços do amado chorando e implorando perdão.
Ufa! Traduzi aí em cima uns 500 filmes de comédia romântica que vocês não perderão tempo assistindo-os! E nem precisarão de Mãe Diná. De nada!
Vamos ao resuminho do filme:
O filme tem uma perspectiva muito legal, pois é narrado não-linearmente, ou seja, não são diretamente os “500 dias com ela” direto, mas fica alternando entre cenas de quando eles estavam juntos e quando não estavam. Assim é bom porque a gente acaba não dando spoiler.
Quem narra o filme é o Tom Hansen (Joseph Gordon) apaixonado por Summer Fin (Zooey Deschanel). Tom trabalha em uma empresa onde o mesmo escreve cartões de datas comemorativas apesar de ser formado em arquitetura e se encanta com Summer quando ela chega na empresa como secretária do seu chefe.
A admiração de Tom por Summer só cresce depois de um encontro casual no elevador da empresa, onde Tom finge não estar nem interessado na presença de Summer e continua ouvindo música, quando Summer o cutuca, falando que adorava a banda “The Smiths” e canta um trechinho da música que ele estava ouvindo, saindo sem mais nada a falar.
Numa noite de karaokê, o amigo de Tom, McKenzie fala para Summer que Tom tem uma quedinha por ela, porém Summer alega que não acredita em amor verdadeiro e nem que quer um namorado, apesar de ter se aproximado de Tom.
O terceiro encontro no caso seria o da sala da Xerox, onde sem explicações Summer arranca um beijinho de Tom. Coitado do coração do menino!
Depois de dias juntos, passeios em lojas de móveis de mãos dadas e demonstrações de afeto (pela parte de Tom, somente), em um bar, um homem dá em cima de Summer desprezando a presença de Tom que por si ficou irado e acabou batendo no cara por ciúmes. Ela achou que foi um absurdo e que ele não deveria ter feito aquilo, assim sendo a primeira “DR” do casal… ai ai.
No dia 290 eles se separam pois Tom leva Summer a ver um filme chamado “The Graduate” no intuito de mostra-la que existe sim o verdadeiro amor. Ela não digeriu muito bem a tentativa e vazou, deixando Tom na pista. Ele só se ferra mesmo, gente!
E o que antes era assim virou… ASSIM!
Depois de um tempo Summer deixa a empresa de cartões e Tom entra em uma profunda depressão, sendo transferido para a “área de consolações” já que seu estado de espírito não era bom para os negócios dos cartões comemorativos. Completamente desacreditado da existência do amor verdadeiro.
Alguns meses depois, Summer e Tom se encontram no trem e estavam indo para o casamento de uns amigos e dançam um pouco na festa. Ela acaba chamando ele pra ir visita-la numa festinha que ela faria em casa e Pererê, e ele vai e percebe que Summer está usando um anel de noivado. Burrico!
Depois dessa descoberta do capiroto, Tom entra numa profunda depressão mais profunda do que antes ele poderia ter tido, deixando de ir pro trabalho e só saindo de casa para comprar besteirinhas e bebidas. Volta alguns dias depois pro trabalho após uma súbita rajada de consciência e de que ele deveria seguir o seu sonho e o conselho de Summer de trabalhar com o que ele era formado: arquitetura.
Correndo atrás de seus sonhos, ele marca diversas entrevistas e depois de uma delas, vai para um banquinho em um parque que gostava de ficar sonhando com Summer – e agora estava fazendo planos futuros para arquitetura da cidade. Chegando lá, quem ele encontra? Mas isso só pode ser obra do demônio! Summer! Ela confessa que ele estava certo sobre a existência do amor verdadeiro e que ela havia se casado porque com essa nova pessoa sentia todas as certezas que com ele não tinha. Tom a desejou passar bem.
Óbvio, depois de um toco desse até eu mando a pessoa passar bem.
No dia 500, Tom vai fazer uma entrevista de emprego e conhece uma garota que se inscreveu para a mesma vaga que ele. A deseja boa sorte e que ela não passe na entrevista (bobinho nada, sô). Por alguma razão, quando chamado para a entrevista, antes de entrar na sala convida a moça a sair com ele depois da entrevista para tomar uno coffezito que los pausanianos gustam mucho (ignorem). Ela diz que não pois estava à espera de outra pessoa. Quando Tom ia entrar na sala, ela muda de ideia dizendo que sim, sairia com ele, o que poderia acontecer demais?
Quando Tom pergunta o seu nome, ela responde “Autumn”.
Esse é cagado!
Porém, eu gostei muito da ideia de fazer um romance que não dá certo, o que é diferente do que vimos sempre, e da ideia de narrativa não-linear, pois a história acaba fluindo de um jeito gostoso e divertido, não ficando naquela parada maçante que alguns filmes fazem-nos sofrer.
A brincadeira de “expectativas x realidade” foi uma sacada genial, já que todos nós passamos por essas coisas quando o assunto é amor. Aquela tão esperado encontro que achamos que faremos “fazer e acontecer” e na verdade ficamos tão nervosos que nem um ‘piu’ sai. Foi realmente uma sacada genial porque nos faz nos identificarmos com o personagem e também faz nos identificarmos com histórias de amor nossas que não deram certo.
Eu achei um filme uma gracinha! É meio crazy algumas analogias que ele faz mas é muito descontraído e divertido!
Espero que vocês gostem da resenha pessoal e se vocês tiverem sugestões para o jeito de escrever ou filmes, por favor, faleeeem! Fico com medinho de não serem tão boas assim. <3 beijitchos!
Título Original: 500 Days of Summer
Título em Português: 500 Dias com Ela
Direção: Marc Webb
Produção: Mason Novick
Jessica Tuchinsky
Mark Waters
Steven J. Wolfe
Roteiro: Scott Neustadter
Michael H. Weber
Narração: Richard McGonagle
Gênero: Drama, Comédia Romântica
Duração: 95 minutos
Elenco Original: Joseph Gordon-Levitt
Zooey Deschanel
Nota: ????
Desculpe não estar em inglês mas não achei nenhum trailer de boa qualidade legendado.
Eu comecei a assistir o filme exatamente por causa dessa falação, todo mundo elogiando horrores, mas não terminei até hoje, acho até que tinha me esquecido dele rs’
E Mariana, se você está preocupada sobre sua forma de resenhar os filmes, pode ficar calma, eu adorei, você contou um pouco da história, e deixou toda a parte técnica curta e objetiva para o final, muito gostoso de ler, faça mais posts pleasee, vou me esforçar pra comentar e assistir todos os filmes, e eu amo uma comédia romântica, mesmo com esse clichê absurdo que você citou. Vou terminar de assistir o filme depois, mas com o Joseph no elenco é tipo, obrigatório…
Beijos
Adorei a resenha, explicou detalhadamente as tiradas geniais do filme. Continue assim!!!
Adorei o filme, adorei a resenha. E queria completar com minha opinião.
O roteiro e a direção foram impecáveis em fazer diálogos tão bacanas de ver. Os diálogos, a não-linearidade, o lance da expectativa e realidade. Tudo muito bem trabalhado. E grandes méritos a fotografia, que acompanha muito bem o andar do filme.
E o narrador? É de uma maestria a narração do inicio do filme…
Não sou lá fã de comédias românticas, mas é como ele diz no inicio do filme, essa não é uma história de amor.