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[O que achamos de…] O Hobbit – A Desolação do Smaug

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Olá leitores do Pausa e claro da minha coluna (rere), como prometido, venho trazer para vocês a minha crítica sobre “The Hobbit – The Desolation of Smaug”. Bem, quem me conhece sabe que eu sou completamente apaixonada por Tolkien e todas as suas obras, sim! É um sentimento maravilhoso e inexplicável de saudade, admiração e carinho.
    Quando vi que sairia o primeiro filme de O Hobbit, há alguns anos – não me lembro ao certo, fiquei alucinada; o livro que me apaixonou teria um filme. Comecei a acompanhar as gravações, notícias, datas desde o momento que houve a seleção e boatos de atores convidados para fazerem certos personagens, etc. Desde então, coloquei a minha leitura em dia e reli O Hobbit para que não perdesse nenhum detalhe quando fosse comparar com o filme, afinal de contas eu já havia lido o mesmo há uns bons anos atrás.
 
     Um ritual particular para mim é: todo filme que eu gosto muito ou esperei bastante para vê-lo eu preciso assisti-lo na pré-estreia porém como esse ano eu estava imersa nos estudos e tudo mais, acabei me distanciando das notícias e afins sobre o filme e eis que aconteceu a minha frustração: quando fui comprar para a pré-estreia já havia acabado todos os ingressos. Fiquei possuída! Mas enfim, consegui para a estréia. Não tava bom, bom mas foi bom. Rs…
     Cheguei ao shopping e até o caminho do cinema estava estranhando por não estar tão ansiosa mas foi aí que tudo mudou: quando liberou a entrada para o cinema me bateu um nervosismo que meu Deus! Não sabia o que fazia… Fiquei quicando na cadeira nos 10 minutos de trailer (ou por aí) até começar o filme.
     Quando enfim começou, aquela música que todo fã da trilogia SdA e afins espera… ah! Começou!!!
     Começa de uma forma totalmente inesperada, contando o antes do antes da Jornada, o que eu achei muito bom já que muitos que estavam no cinema eu pude observar que não leram o livro e assim puderam ter um entendimento melhor (se houvesse ainda alguma dúvida) do porque o interesse de Gandalf de começar a aventura com Thorin para recuperar Erebor e matar Smaug. Com essa explicação, o filme volta ao tempo real, ou seja, 12 meses depois daquela conversa e a situação real da jornada e assim se vai o desenrolar da história. Prometi que não daria muitos spoilers do filme, ein!
    Tenho que deixar claro para vocês que chorei do início ao fim do filme e depois eu fiquei com aquela coisinha no coração de “O que eu tô fazendo aqui? No Brasil? Da minha vida? Pra quê? Estudar, trabalhar e morrer?” Sim, sou pura dramaticidade, mas gente! Eu não aguento isso…
     Uma cena que me deixou muito feliz foi o encontro com Beorn, pois como Tom Bombadil eu tinha sérias complicações de imaginação para ele, pois eu não sabia se era um humano, ou não, apenas que era um druida – apesar de já ter visto ilustrações e ter em mente que ele havia sangue de gigante, eu imaginei-o ‘meio-gigante’ e não é que eu me surpreendi? Conseguiram traduzir direitinho a minha imaginação e ficou TÃO emocionante. Nada mais realizador para um leitor do que ver concretizado o personagem da sua imaginação da sua própria maneira, certo? E quando as peças se encaixam… awn <3
     Cena vai, cena vem, chega a parte do filme que eu estava com maior preconceito: a aparição do Legolas e da Tauriel pois eu não sei se vocês sabem, eles não aparecem no livro!!! Aí já rolou aquele preconceito de encheção de linguiça só porque o Legolas e bonitinho, junto com uma histórinha e blá, blá, blá, mas no fim deu certo. Deixei o preconceito pra lá só porque foi bom e entendi que se eles passassem pela Cabana dos Elfos-Jangadeiros houvessem uma ou duas semanas apenas da espiação do Bilbo, um diálogo meio chulé entre o Rei Elfo e Thorin e eles saírem rolando em barris por aí IRIA FICAR MUITO CURTO, SEM EMOÇÃO, bem… Mais um pontinho para Peter Jackson!
     Apreciei também umas pescadas lá em O Silmarillion, contando um pouco de algumas histórias e o início de algumas lendas, implicâncias, guerras, etc. Uma cena que para mim foi inesperada foi a ida de Gandalf à Dol Guldur investigar o renascimento do mal, já que ele foi visitar os túmulos dos reis humanos (Nazgûl) e estavam vazios, o papel de um Istari é proteger a Terra-Média, e lá foram Gandalf e Radagast, porém apenas Gandalf entrou em Dol Guldur e teve um papo reto com o Necromance (Sauron) e o que eu achei bem interessante foi a explicação do Olho de Sauron – na verdade, a fenda negra não seria uma espécia de olho de gato mas sim a silhueta da armadura de Sauron na última guerra, onde Isildur arranco-o o anel e a parte de fogo seria sua aura – o que eu achei muito mais aceitável do que um olho pegando fogo.
      A luta entre Gandalf e Sauron é simplesmente estupenda: jamais imaginaria dois Maiar lutando, gente! Apesar de serem da mesma ‘ordem’ a luta não foi nem um pouco equilibrada. Para de ser ridículo, Sauron.
     Já pude apreciar o início desse investimento na versão estendida de O Hobbit – Uma Jornada Inesperada, o que acabei esquecendo de citar também.
     Apesar de ter chorado praticamente todo o filme a parte que de fato me emocionou e me passou um sentimento de “Enfim, é isso… Acabou… Vai lá cara, é a tua vez de aproveitar.” foi a parte em que finalmente conseguiram entrar na Montanha Solitária – eu sou completamente apaixonada pelo Balin e quando vi os olhinhos dele cheios de lágrimas tipo, ‘finalmente meu lar’ foi muito emocionante. O reinício de uma nova era anã, enfim… O desejo mor alcançado. Depois para descontrair há a piadinha de que o Bilbo precisa achar a Arken Stone para que Thorin comprovasse que era Rei por direito e tal… Enfim… A ação começa aí.
      Sabemos que Smaug é um dragão inteligente e sim, ele fala não é apenas ‘gold and death’. Mas além de seu desejo e amor por ouro ele ainda mais quer ver a desgraça da linhagem de Durin e ainda mais ver a doença da ganância da mesma sucumbir Thorin. Nada satisfeito, ele também quer que a expedição vejam o que eles fizeram e sofram com isso, ou seja, acordaram o dragão e agora ele vai acabar com tudo!
     Sabe quando estamos dormindo e nos acordam na melhor parte do sono, tipo: “Acorda Mariana, você precisa ir para o colégio.” e há aquele choque de realidade infernal? Pois é, o final do filme é praticamente isso. Estou avisando logo para vocês não ficaram frustrados ou putinhos da vida mas Peter Jackson colocou o melzinho na boca e tirou só para deixar-nos mais aguados!
     Independente de qualquer coisa, o filme foi maravilhoso, eu tô chorando até agora e sei lá quando o meu estado emocional voltará a ficar equilibrado… Mas sabe de uma coisa, eu nem ligo. Tolkien deve estar dançando no túmulo de tanto que eu peço pra ele voltar e escrever mais umas coisinhas para me deixar feliz but não há nada que eu possa fazer agora se não apreciar suas obras e passar adiante esse mundo maravilhoso para aquelas pessoas que adoram falar que ‘dormi no meio do filme’, ‘muito chato’, ‘ah, é muito complicado… Tem muito nome’. Você que se complica com nome: isso não é desculpa! Anda com um caderninho, oras. ò.ó
    Agora, um pitaco pessoal: Peter terá que inventar umas historinhas na terceira parte do filme pois o que sobrou para falar sobre não daria mais de 1h30 de gravação pois é simples e O Hobbit é o menor livro de Tolkien sobre a saga do Anel… Então, creio que o investimento em histórias de O Silmarillion e algumas explicações serão dadas ao decorrer da história para nós, fãs, ficarmos mais felizes com isso!
     Então corram, amem, se emocionem, pulem, vibrem, chorem, enfim… Vão ao cinema assistir esse filme, não esperem sair na locadora ou ficar disponível para download – vejam logo!
     Minha nota final: todas as estrelinhas do céu que Varda comanda no céu de Arda.
Chupem essa manga! <3
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