Dia 21 de Fevereiro de 1962 nascia um dos autores com mais personalidade que eu já li. Sim, ele mesmo: Charles Michael Palahniuk ou como conhecemos: Chuck Palahniuk.
Deus abençoe o senhor Sparks, mas, se eu tivesse de escrever algo parecido com Diário de Uma Paixão, voltaria a consertar caminhões. – Chuck Palahniuk
Hoje é o aniversário dele e para alegria geral da nação eu resolvi separar o dia para falar um pouco mais do autor por trás do Clube da Luta (e outros tantos livros). Para algumas pessoas com a vida no mínimo interessante a verdade é muito mais estranha que a ficção. A vida do Palahniuk mais conhecido da sua família é bem mais interessante que a ficção.
Nascido em 21 de fevereiro de 1962 em Washington, Charles Michael Palahniuk viveu a maior parte da sua infancia em Burbank. Bem, pelo menso até seus quatorze anos quando seus pais, Carol e Fred Palahniuk se divorciaram e Chuck se mudou com os irmãos para a fazenda da sua avó materna.
Chuck tem origem ucraniana. É daí que temos o sobrenome Palahniuk que se pronuncia “Paula-Nick”. E falando em sobrenome, a família paterna do autor tem alguns momentos interessantes. O autor já contou em uma entrevista ao The Independent que seu avô paterno atirou em sua avó após uma discussão. O pai do autor que na época tinha apenas três anos acabou assistindo a cena da morte da morte da própria mãe debaixo da cama. Se você reparar bem na capa de “Mais estranho que a Ficção” vai notar algo bem curioso com essa história. Chuck conta que membros de sua família dizem que seu avó nunca foi uma pessoa louca ou violenta antes disso (ele se matou após matar a sua mulher), outros dizem que sim.”… Alguns da família alegou que ele nunca foi, uma pessoa louca violenta antes disso. Alguns dizem que ele era. Depende de quem você acreditar.”
Alguns acreditam que a paixão de Chuck com a escrita nasceu após ter ganhado o prêmio “most Wittiest” onde se graduou o “Columbia High School”, mas segundo o próprio autor, tota a honra deve ser dada a Sr. Olsen. Sua profesora da 5º série que lhe disse:
Chuck, você fez isso muito bem, continue!
Chuck se formou na Universidade do Oregon em Jornalismo em 1986. Ele trabalhou por um tempo no jornal local de Portland, mas logo abandonou por um emprego de mecânico de caminhões onde também escrevia manuais técnicos. Foi durante esse período que Chuck começou a fazer coisas diferentes e começou a trabalhar como acompanhante para pacientes de cuidados paliativos em fase terminal.
Palahniuk resolveu depois dos 30 anos que começaria a se aventurar novamente na casa da escrita e resolveu depois da indicação de alguns amigos a participar de um workshop ministrado por Tom Spanbauer (“Writing Dangerous”). Você pode ler os primeiros trabalhos do autor em seu próprio site. Eles são “The Love Theme of Sybil and Willian” e “Negative Reinforcement“.
Após algumas tentativas Chuck escreveu seu primeiro romance. Um monstro de mais de 700 páginas emulando Stehen King que foi rejeitado por todos (mas algumas coisas desse livro foram usadas em O Clube da Luta). Imperturbável, o autor começou a trabalhar com um material ainda mais escuro, escrevendo um manuscrito chamado Manifesto , que viria se tornar Monstros Invisíveis (Meu livro preferido dele) .
Tudo isso mudou quando Chuck “desistiu” no mainstream e decidiu fazer seu próximo manuscrito ainda mais escuro. Escrito em momentos roubados debaixo do chassis de caminhão e em bancos de parque, O Clube da Luta ganhou vida! Algum tempo depois Gerry Howard (então editor da WW Norton) convenceu seus superiores a darem uma chance ao escritor.
Mas o grande livro só ganhou realmente atenção quando David Fincher dirigiu a a adaptação para as telinhas que vocês já sabem, foi um completo fracasso nas bilheterias, mas alcançou o status de cult em DVD. No ano de seu lançamento, o filme foi top disco mais vendido da Fox, e os críticos em todos os lugares, finalmente começaram a amá0lo. A popularidade do filme impulsionou as vendas do romance, resultando em várias re-impressões ao longo dos próximos anos.
Durante muito tempo tempo sempre se achou que Chuck fosse casado e ainda até hoje alguns membros da imprensa perpetuam o mito de que ele tem uma esposa, mas Chuck já declarou publicamente que é homossexual.
Chuck continua escrevendo e sua vida anda cada vez mais calma. Ele ainda participa de um seminário semanal com seus amigos e escritores mais próximos como Lidia Yuknavitch, Monica Drake, Chelsea Cain e Suzy Vitello, e eles são as primeiras pessoas a ler tudo o que ele escreve. Chuck é o porta voz do estilo de escrita minimalista, e credita que Tom Spanbauer e seu mentor, Gordon Lish, são suas maiores influências, junto com Amy Hempel, Denis Johnson e Bret Easton Ellis.
No que diz respeito à sua própria escrita, Chuck afirmou que ele escreve cada capítulo de seus romances como se fossem uma história curta. Ele acredita que cada um de seus livros devem ser capaz de ser condensados em histórias curtas e ainda funcionar.
Chuck também é conhecido por fazer uma extensa pesquisa na hora de escrever sobre algum tema. Ele diz que a investigação é sua parte favorita do processo de escrita e é o combustível que impulsiona seus romances.Ele tem sido conhecido por consumir livros inteiros e destilar essa informação em uma única linha descritiva. Ele escreve em público e passa horas observando pessoas. De acordo com o autor, se você tiver uma conversa com ele na rua, há uma boa chance de que você acabe em um de seus livros.
Eu sou o esforço combinado de todos que eu já conheci.
Chuck também gosta de olhar para seus fãs e ensinar a arte de contar histórias tem sido uma parte importante do processo para ele. Em 2004, Chuck começou a apresentação de ensaios para ChuckPalahniuk.net sobre o ofício da escrita. Hoje, 36 desses ensaios podem ser encontrados no site LitReactor.com.
Hoje, Chuck trabalha na divulgação de seu novo livro de contos e na continuação em quadrinhos de Clube da Luta enquanto em casa, cuida dos seus cachorros.
Fonte:
Postcards From the Future: The Chuck Palahniuk Documentary.
Book: Stranger Than Fiction
www.independent.co.uk
www.chuckpalahniuk.net
E ai, gostou de conhecer um pouco mais sobre o autor? Então deixa eu te contar um sonho: Escrever uma biografia sobre ele, ou pelo menos conhecê-lo pessoalmente. Será que algum dia eu consigo?
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Muito legal esse post de background do autor.
Escrever uma biografia. Tá planejando virar um personagem de algum livro dele então? :p
Mas realmente, é uma história interessante. Acho legal de notar como cada história cresce no ambiente propício pra ela, tanto do lado bom quanto ruim. Imagina, por exemplo, se ele ao invés de ter trabalhado em uma oficina, tivesse trabalhado em uma papelaria, escritório ou outro emprego, e mesmo assim escrevesse. Será que suas histórias seriam as mesmas?
Eu também gosto muito quando vejo escritores guiando os seus “pupilos”, para o método de escrita. Parece meio que esses que o fazem, tem noção do empenho que é transferir um mundo e ideias, e repassar essas ideias da mesma forma pra outros. E além disso cria uma proximidade com seus leitores. 🙂
Que bom que gostou!!!
Já imaginou? Eu ia amar.
Mas então, também penso sobre isso. Duvido muito que algumas histórias seriam a mesma coisa se ele não tivesse vivido tudo que viveu. Ou viu e ouviu. Chuck é uma um autor, que assim com vários, coloca muito da sua experiência ou do que acredita nos livros que escreve. Logo se vê do que ele fala do Sparks. hehehe
Também gosto disso e admiro de verdade!