Quando Julie tinha 12 anos, sua irmã mais nova desapareceu e nunca mais foi encontrada. Uma perda que corroeu os laços familiares e deixou sua mãe obcecada pela busca da irmã. Já adulta e com um prestigiado emprego, Julie conhece Monica, que a faz lembrar muito de sua irmã desaparecida há 17 anos. Elas se tornam melhores amigas, uma amizade que começa como um processo de cura para Julie. No entanto, uma fatalidade abate a amizade e Julie se vê responsável pelo filho de Monica. Ela decide levar o menino para Biloxi, Mississippi, para encontrar a família que ele não conhecera. A partir dessa viagem, Julie descobrirá segredos que estão ligados a sua família e seu passado…
Essa é minha terceira tentativa de escrever esse resenha, e não é porque o livro é complicado, muito bom ou muito ruim, mas por sem um livro muito simples, muito normal… Mas vamos lá.
O livro meio que se divide em dois, sendo a parte principal narrado por Julie, a
protagonista, enquanto outro personagem narra sua historia em flashbacks. A história principal é bem simples, não tem baixos e altos, e eu conseguia ver onde ela estava indo antes de chegar lá. Ela até que é boa, tem alguns mistérios e perguntas a serem respondidas, o que meio que me prendeu, mas não é o principal. O que realmente faz a leitura boa são os personagens, de como eles interagem um com os outros e de como eles fazem a historia avançar.
Já os flashbacks eu me vi muito mais interessado, a historia é muito boa, e avança mais rápido, quando um flashback acabava, eu já queria ir para o próximo, além de que tentar encaixar essas informações do passado com o presente da historia, e como isso os afeta foi algo interessante.
Os personagens são muito bem escritos, e eu não sei como dizer isso sem parecer bipolar, mas eles conseguem ser simples, sendo ao mesmo tempo tridimensionais. Eu entendi cada personagem, suas motivações, medos, desejos, etc.
Agora… Pela premissa do livro, achei que ele iria para um lado mais emocional, coisa que não aconteceu. O livro ao final não tinha me despertado nenhuma emoção forte, não dei risada, não chorei, não fiquei com raiva, sinceramente senti falta, o livro foi muito cauteloso nesse sentido.
A palavra mais usada para descrever o livro nesse resenha foi “simples” e de longe isso é uma coisa ruim. As vezes é bom ler algo simples, fácil, apenas para relaxar.
A edição da Novo Conceito está espetacular, com folhas amarelas e fontes agradáveis, possui notas de rodapé para as referencias culturais e localizações. Muito bom.
Sinceramente, eu até me arrependi um pouco de ter solicitado esse livro, pois sempre que eu olho para ele minha vontade de ler beira o nulo. Também imaginei que ele apelasse mais para o emocional, agora fiquei um pouco mais curiosa haha
quem sabe até o meio do ano eu não tire logo ele da estante!