Sinopse: Façam boa arte. Esse foi um pedido sincero de ninguém menos que Neil Gaiman quando discursou para a turma de 2012 da University of the Arts na Filadélfia. Um discurso autêntico e repleto de significado – durante os 19 minutos em que falou, dois dos mais emblemáticos conselhos de Gaiman foram “criem suas próprias regras” e “cometam erros”. Os conceitos libertadores defendidos para os alunos deram origem ao livro.
“The urge, starting out, is to copy. And that’s not a bad thing. Most of us only find our own voices after we’ve sounded like a lot of other people.” – Neil Gaiman
Antes de começar a resenhar o livro, vamos falar de algo muito importante e que eu vi gerar muitas discussões na blogosfera e na internet (pelo menos na minha roda de colegas literários). A capa e a diagramação desse livro – que foi mantida igual a original pela editora Intrínseca.
Gostaria de começar dizendo que eu sou do #TeamNeilGaiman e antes mesmo do livro ser lançado eu já estava louca com o trabalho que a editora americana realizou com a diagramação do mesmo. Então, para tentar explicar um pouco para quem achou algo “sem contexto” vou me estender nessa resenha!
O design Chipp Kidd foi o responsável por trabalhar com Gaiman para utilizar recursos gráficos de metalinguagem para expressar a criatividade em um texto que ó: fala sobre criatividade e trabalhar com arte. Durante todo o discurso o Neil discute e fala sobre as dificuldades de ser um artista e o quanto isso pode ser bom. Ele também fala o quanto inverter a posição de um A e um O em um email – um erro naquele momento – o ajudou a criar Coraline um de seus textos mais amados.
Então… o que isso é importante e como a diagramação do livro também faz parte de todo o discurso? Simples! A diagramação trabalha a criatividade, o desenvolvimento, o “fugir das regras“. Algo também comentado no discurso do Gaiman. Afinal… se ninguém fez, não existe regras, sendo assim… mais fácil de realizar o impossível!
É difícil falar sobre esse livro. Ele não é uma história, você não tem um personagem. Aqui nós temos a personificação em papel e capa dura de um dos melhores discursos do Neil Gaiman e uma forma física de todas aquelas palavras que ele disse para os formandos da University of the Arts na Filadélfia e conquistou o mundo.
Eu me imagino diariamente como foi fantástico ouvir essas palavras do Neil Gaiman na formatura. Eu choro só de imaginar, minha formatura foi linda, mas se o Gaiman fosse fazer um discurso desses, eu aposto que sairia dali pronta para cometer os erros mais fantásticos que vocês já viram.
Vale ressaltar que esse livro não é um livro para todo mundo. É um livro feito para fãs de Gaiman e fãs do discurso. E para mim que quero tatuar Make. Good. Art na pele… acho que o livro ficou um pouco perfeito.
Se você nunca ouviu falar de Neil Gaiman, talvez o livro não seja para você. Talvez você deva realmente começar pelas histórias, assistir o discurso aqui e primeiro se apaixonar por tudo que ele é e aí sim… investir seus dinheirinhos para comprá-lo. E eu sei também que tem muita gente que mesmo amando Gaiman vai achar que é um pouco de desperdício demais gastar com um livro assim. Mas gente… isso é algo de fã. E vocês sabem como é fã né?
Se o Neil Gaiman ou o Palahniuk venderem suas listas de mercado, eu vou querer comprar.
Agora, eu só queria reclamar de uma coisinha: a cor e a impressão. Em algumas partes do livro, alguns trechos estão quase ilegíveis de tão claros e pequenos. Não sei se isso foi culpa da impressão ou realmente foi por causa da cor escolhida. Mas isso incomoda. Eu já sei o discurso quase de cor, então sei o que está ali. Mas… e quem não sabe?
Edição: 1 | Editora: Intrínseca | ISBN: 9788580574999 | Ano: 2014 | Páginas: 80
Nota: 5/5
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Neil Gaiman, o que dizer desse cara que conheço há um tempo e já faz parte da minha vida? Hahahah <3
Eu amo esse discurso, ele é inteligente, tocante, emocionante de várias formas e tem aplicabilidade pra todo mundo que tem uma veia artística, criativa. E ATÉ PRA QUEM NÃO TEM. Pq cometer erros faz parte da vida e é o que faz a gente se aperfeiçoar, mudar, evoluir, impressionar. Entre dois erros, a gente sempre tem que escolher aquele que nunca tentou né? Hehehe.
Adorei as fotos. <3
Beijo!
Esse cara que conheço a pouco tempo e considero pacas? HEHEHEHEHEH
Legal. Uma das primeiras coisas que descobri quando comecei a querer ler os livro do Gaiman foi esse livro. E muito mais do que suas histórias fantásticas, esse discurso consegue mostrar a forma tão sensacional de como o autor enxerga e interpreta o mundo.
Em outros vídeos de entrevista com o ele é possível ver seu ponto de vista tão único, tão sincero e despretencioso, na minha opinião.
É algo que me pego constantemente pensando. Hoje em dia as pessoas vivem tanto dentro de estígmas, regras e limitações que se impõem a elas mesmas por achar que não vão se encaixar na sociedade caso ajam fora dessas regras. E de certa forma até faz sentido até. Eu não me considero alguém normal, e muito menos agradável aos padrões. Mas sinto que sou eu mesmo a todo momento.
E a graça nisso é justamente a estar disposto a mudar as coisas de forma única, seja pra bom ou pra ruim. O impacto que cada um pode fazer, é único.
E sobre a edição do livro, achei interessante. Acho que uma forma de valorizar mais o trabalho, pra justamente não dizer que estão vendendo somente o discurso copiado descaradamente. Faz parte de um trabalho artístico, uma experimentação. Acho legal pra dar uma diferenciada no arsenal.
Mas só antes, quero poder ler Deuses Americanos… :/
Ainda não li nenhum livro do Gaiman, mas a forma desse livro me chamou atenção. Achei genial! *-*
Mas como você disse, ainda preciso ler os outros livros dele. Haja dinheiro! 😛
Adorei a resenha! <3
ADOREI!!
Assisti o discurso e acho incrível, perfeito e maravilhoso. Quero ter o livro pra guardar, pra ler o que ouvi mesmo.
E ele é tudo isso que você disse mesmo, rsrs.
Bjks
Lelê – http://topensandoemler.blogspot.com.br/