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[Resenha HQ] Justice League Dark – Nº 1

O “New 52” da DC dividiu os fãs. Muitas pessoas acharam o reboot desnecessário e defendem que ele estragou alguns personagens chave. Outras pessoas acreditam que a manobra pode popularizar os quadrinhos e aumentar o universo de leitores de HQ, além de ser uma oportunidade para ver histórias bem diferentes.

Não vamos entrar nessa discussão agora.

Hoje, nós vamos falar sobre um ponto que é indiscutivelmente a favor do New 52: Justice League Dark.

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Desde 1960 que o mundo conhece a Liga da Justiça. O grupo de super-heróis inicialmente formado por Batman, Superman, Mulher Maravilha, Aquaman, Flash, Lanterna Verde e o Marciano cresceu e acabou incorporando dezenas de outros personagens ao longo das décadas.

Mas, foi só 50 anos depois que alguém da DC parece ter se lembrando que anti-heróis são tão apaixonante quanto os heróis convencionais e, junto com o projeto The New 52, surgiu uma ideia espetacular: “e se a  gente juntasse todo esse pessoal em um grupo na mesma filosofia da Liga da Justiça?”

No primeiro número de Liga da Justiça Dark acompanhamos uma “síndrome de loucura” ou uma sequência de eventos insanos que começa a acontecer em todo o mundo. O problema é rapidamente identificado pela famosa Liga, mas quando Superman, Mulher Maravilha e Cyborg falham, a situação se mostra muito mais complicada e perigosa do que parecia ser.

Alguns personagens são apresentados e as primeiras linhas do grupo se formam.

Pelo primeiro número, já parece ser o tipo de história que vai valer a pena. Vamos ver se essa sensação vai se confirmar.

O roteiro é de Peter Milligan, com trabalhos já conhecidos na DC como Animal Man e Batman pela Detective Comics. E a arte é do espanhol Mikel Janin que também assinou algumas mini-série da DC.

De um modo geral eu gostei deste primeiro número e fiquei interessada em continuar a história. Mas, duas observações se fazem necessárias:

1. Em alguns momentos achei o roteiro desnecessariamente atrapalhado. Não curto muito quando um roteirista tenta criar um clima de mistério só atrapalhando as cenas. Se o leitor não consegue entender a história porque o narrador não explicou direito não é um bom mistério, na minha opinião, é só uma história confusa. A estreia de JLD não chega a ser completamente desconexa, nem nada assim. Mas tem alguns momentos que, creio eu, poderiam ter sido narrados de forma um pouco mais clara sem nenhum prejuízo para a história.

2. A arte é muito boa e os detalhes são incríveis. Mas, com todo respeito ao trabalho do artista espanhol, eu tenho que confessar que esperava uma arte mais obscura pra JLD. Esperava um ar bem mais pesado para ajudar a montar o clima. Se você está juntando a galera da pesada, na minha opinião, era hora de dar uma de Guillermo del Toro e jogar o Labirinto do Fauno em quadrinhos, sabe? A arte é de qualidade, sério. Mas fora o último quadro da história e um ou dois outros momentos, nenhum quadro realmente mereceu uma segunda olhada mais cuidadosa.

Um dica: para quem não tem paciência de ir atrás das HQ’s que acompanha e não se incomoda de ler em tablets, celulares ou pc, o Comixology (perfeição em forma de aplicativo) é uma boa opção. Desde que arranjei um tablet decente estou lendo tudo por ele. Além de ser prático e rápido, as histórias que eu acompanho custam em torno de um dólar, então, meu bolso agradece, também.

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