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[Resenha] Jardim de Inverno de Kristin Hannah | @Novo_Conceito

Meredith e Nina Whiston são tão diferentes quanto duas irmãs podem ser. Uma ficou em casa para cuidar dos filhos e da família. A outra seguiu seus sonhos e viajou o mundo para tornar-se uma fotojornalista famosa. No entanto, com a doença de seu amado pai, as irmãs encontram-se novamente, agora ao lado de sua fria mãe, Anya, que, mesmo nesta situação, não consegue oferecer qualquer conforto às filhas. A verdade é que Anya tem um motivo muito forte para ser assim distante: uma comovente história de amor que se estende por mais de 65 anos entre a gelada Leningrado da Segunda Guerra e o não menos frio Alasca. Para cumprir uma promessa ao pai em seu leito de morte, as irmãs Whiston deverão se esforçar e fazer com que a mãe lhes conte esta extraordinária história. Meredith e Nina vão, finalmente, conhecer o passado secreto de sua mãe e descobrir uma verdade tão terrível que abalará o alicerce de sua família… E mudará tudo o que elas pensam que são.

Esse livro já conhece nos cativar pela capa, título e subtítulo, com toda essa diagramação que atrai os olhos do leitor para suas páginas, ao lê-las não deixa por menos. Kristin Hannah é uma escritora totalmente habilidosa com as palavras, sabe como escolhe-las de uma forma que toque o leitor e o emocione.

É impossível não se emocionar com a história de Anya, a mãe distante que no começo do livro faz com que nós leitores, principalmente leitoras, pensemos como uma mãe pode ser tão fria assim. Anya parecia não amar suas filhas, uma mulher totalmente distante, que vivia em seu Jardim de Inverno, olhando a neve cair e com pensamentos distantes. O que unia a família era o pai, mas após seu falecimento os laços familiares parecem desvanecer.

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Duas filhas já adultas, com personalidades e estilos de vidas diferentes, cada uma enfrenta seus dilemas pessoais, mas ambas compartilham da magoa que sentem pela mãe. E irão descobrir o porquê dela ser assim tão distante. Anya contava contos de fadas russos para as filhas quando elas eram pequenas, esse era o mais próximo de um carinho que elas recebiam, mas o que as meninas não sabiam é que ela não lhe contava todo o conto de fadas. Então através de um conto em especial Anya começa a narrar sua vida para a filha, e assim viajamos com ela até a Rússia, em meio a uma segunda guerra mundial, e onde uma mãe teve que fazer escolhas, que interferiram em toda a sua vida.

Todo o cenário da história é convidativo, o leitor mergulha sua mente na narrativa de Hannah e vê todo o desdobrar da vida da personagem a sua frente. A autora não tem pressa, aos poucos vamos conhecendo cada um, e ao adentrarmos a história de Anya, somos invadidos por uma emoção tão forte, que nos leva as lágrimas.

Quando pensamos que não há como mais sermos surpreendidos, novamente a autora nos leva ao ápice da emoção, e coloca um desfecho que com certeza ficará gravado para sempre na mente do leitor. Um livro único, surpreendente, que nos leva as lágrimas, mas também a risos.

Julgar é algo comum ao ser humano, mas parar para pensar no que leva a pessoa a fazer o que fez, poucos fazem. Ao sabermos toda a história da personagem, quanta coisa que ela passou, o que ela teve que suportar por amor aos filhos, compreendemos o porquê dela ser assim, tão fria.

Livro mais que recomendando, a edição está lindíssima, é um ótimo livro com pitadas de história, contos de fadas, e muita emoção. Kristin Hannah entrou para minha lista de autoras preferidas e merece 5 xícaras de café quentinho!

Resenha feita pela colunista Daiane Jardim, também blogueira do No Universo da Literatura

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