Os Náufragos de Elin Hilderbrand
Edição: 1
Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 9788528616897
Ano: 2013
Páginas: 448
Tradutor: Dênia Sad Silveira
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Quando o professor de música Greg MacAvoy passa uma chuvosa noite de domingo com uma bela aluna do último ano do ensino médio, os boatos se espalham na cidade. Os comentários desgastam o casamento de Greg, e sua mulher, Tess, se divide entre o amor pelo marido e um segredo só seu.
Com a chegada do aniversário de casamento, porém, os MacAvoy saem no veleiro para comemorar, na esperança de que a tormenta tenha ficado para trás. Em vez disso, chega uma notícia trágica: Greg e Tess se afogaram misteriosamente. O que terá acontecido com o casal?
Eu sempre gosto das minhas escolhas da Editora Bertrand. Quase um ano de parceria e um ano que eu tenho lidos os melhores livros que poderia encontrar e logo na minha última escolha eu não tive tanta sorte assim.
Depois de ler livros da editora como Não Conte Para a Mamãe, O Homem Visível ou Mais Escuro que a Meia Noite eu meio que me acostumei que todos os livros da Bertand me conquistariam sem fazer nenhum esforço. E foi nessa escolha trágica que eu me decepcionei com tudo em Os Náufragos.
Os Náufragos é um daqueles livros onde o designer foi mais feliz que o escritor. É simplesmente impossível não se apaixonar por essa capa, linda, tranquila, romântica, serena. Eu foi assim com essa paixão a primeira vista pela capa que eu pensei em me apaixonar pelo livro. Mas não deu casamento. Logo na ficada eu entendi que não iria rolar aquela química entre nós.
O livro tem uma premissa muito interessante onde na primeira meia hora de leitura eu pensei muito que iria me envolver em uma história digna de Agatha Christie e não conseguiria desgrudar do livro. Mas isso acabou logo. Aos poucos eu fui entendendo a ideia da autora, a proposta, e o que finalmente ela fez com o livro. E me decepcionei.
Os Náufragos não é um livro ruim. Mas novamente aqui eu não sou o público da história. Eu não vou me encantar em um mundo ao qual eu não pertenço e provavelmente nunca pertencerei como o retratado aqui. Onde simplesmente o mundo continuou como começou, como se no final nós simplesmente empurrássemos toda a merda para de baixo do tapete e esquecesse que um livro de mais de 400 paginas e um valor nada barato não te emocionou, não te envolveu e não te intrigou.
O livro caminha para um destino sem volta, ele pode ser interessante para pessoas que gostam de livros calmos e sem muitos atrativos que façam a história não ter altos e baixos muito grandes.
Okay, parando para analisar friamente o livro não é tão ruim. É um drama do caralho muito bom, retratando o ponto de vista de cada personagem sobre um “suposto crime” que desde o início você consegue saber o que aconteceu. E assim a história vai se desenvolvendo com um grupo e quatro casais que simplesmente não são tão casais assim e tudo vira um bolo só que fica até difícil identificar quem é de quem no final das contas.
Eu queria mais emoção, mais briga, mais pé na porta e soco na cara. Aqui você toda a revolta se cura se trancando no quarto e chorando. Em termos mostra a realidade humana. Nós pensamos. Não falamos ou fazemos.
E você pode até falar que comecei a me contradizer na resenha, mas tudo isso é para que você entenda meu ponto de vista. O livro não deve mexer com a gente? Não devem nos fazer se apaixonar, chorar ou pelo menos pensar na nossa vida? Então… Os Náufragos não conseguiu nem mexer com os meus dedos para que eles virassem as páginas do livro para que eu terminasse logo.
Ele é cansativo, não estou reclamando por causa do “estilo” de não ter capítulos e ser todo uma coisa só. (ele é apenas separados pelos personagens). Estou falando isso porque a autora se perde em descrições e comentários desnecessários para a história. Personagens que algumas vezes não influenciam em nada na história. Histórias que são ouvidas e simplesmente não fazem nenhuma diferença depois.
Não me identifiquei com os personagens e talvez o problema já deve ter começado aí. As pessoas em Os Náufragos se preocupam demais em manter tudo estável e confortável. Foi difícil não gritar no ônibus para que alguém dentro da história tomasse alguma atitude perante alguma situação mesmo que corriqueira pela história.
Toda a diagramação e o trabalho gráfico do livro são magníficos. Mas a história não “colou” para mim. Terminei o livro com um sentimento de alívio e não de coração apertado. Infelizmente Os Náufragos não entrou para a lista de amores desse ano. Sinceramente esperava muito mais.