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[Séries] Outlander

Era uma vez uma seriadora muito animada, que detestava ver seus amiguinhos seriadores falando sobre séries que ela não conhecia. Um dia, sua timeline do Twitter e do Facebook pareceu se encher do mesmo nome. Outlander, Outlander. Ela não sabia o que era, mas se todo mundo sabia, então ela devia saber também. Procurou, baixou. Assistiu. Morreu. Fim.

Tá, tudo bem, eu não morri – não no sentido literal, pelo menos (já pensou que esquisito? hehehe). Mas, como boa fangirl que sou, ao longo dos 8 episódios já existentes de Outlander, morri, fui pro céu e ressuscitei várias vezes. Mas, pra variar, estou me precipitando – vamos começar pelo começo.

Outlander é o novo drama da Starz, um canal tão desconhecido que eu só descobri que existia quando comecei a assistir a série em questão. Baseado numa série de livros publicada à partir de 1991 pela autora Diana Gabaldon, o drama nos conta a história de Claire Randall, inglesa de 27 anos que acaba de sobreviver à Segunda Guerra Mundial. Depois de longos anos trabalhando em campos de batalha como enfermeira, a Guerra finalmente acabou e ela está livre para voltar para Oxford – e para os braços do marido Frank, de quem ela ficou separada durante a Guerra, cada qual servindo ao país num campo diferente. Juntos de novo, eles embarcam numa espécie de segunda lua-de-mel para a Escócia, e para a pequena e linda cidade de Inverness.

A viagem, na verdade, tem propósitos bem menos românticos do que alguém poderia imaginar. Frank é historiador, futuro professor da Universidade de Oxford, e está aproveitando este breve intervalo entre as atividades do exército e sua carreira acadêmica para pesquisar mais sobre a sua árvore genealógica. Mais que isso, Frank está interessado em um personagem em particular: Jonathan “Black Jack” Randall, um antepassado que viveu nas Highlands no século 18, durante a invasão jacobita. E enquanto ele se diverte desenterrando o passado de Black Jack, Claire se coloca a admirar as paisagens e estudar botânica, seu novo hobby.

É este hobby, no entanto, que acaba por condená-la. Após visitar a colina de Craigh Na Dun com Frank para observarem um suposto ritual pagão, Claire se interessa por uma muda um tanto rara de planta, e resolve voltar mais tarde para buscar uma amostra, enquanto Frank se enterra em seus infinitos papéis sobre a família Randall. Ao subir na colina, porém, algo a atrai para uma das pedras – e ao tocá-la, Claire é transportada no tempo até 1743.

Claro que, no começo, ela não acredita, né? Acha que pisou num set de filmagem por acidente, acha que ficou maluca. Mas é quando ela se depara com um homem de feições extremamente parecidas com as de Frank – parecidas, mas não iguais – e que, por um acaso, atende pelo nome de Jonathan Randall, que sua ficha cai. Este Randall, no entanto, não é nem de perto o doce que seu marido lá do século 20 era, e Claire só não é estuprada porque um estranho a salva, tomando-a, em seguida, como refém num grupo de homens que viaja pelas Highlands. É assim que Claire conhece Dougal Mackenzie, irmão do chefe do poderoso Clã Mackenzie, e Jamie Fraser: dois homens que, embora ela ainda não saiba, irão para sempre mudar a sua vida.

Quanto mais eu tento resumir Outlander, mas impossível essa tarefa parece. Por exemplo, esses três parágrafos de história que eu contei aí em cima correspondem a mais ou menos uns 4 ou 5 capítulos no livro, e a apenas um episódio na série. É o tipo de enredo em que muitas coisas acontecem, e muita informação é dada por episódio, e as reviravoltas se acumulam, e de repente você não sabe mais precisar o que contar sem revelar a coisa toda. Outlander é um poço sem fim de histórias, mistérios e plot twists.

Pra vocês entenderem a rapidez com que a história me pegou, no momento em que eu comecei a assistir a série – uma segunda-feira, se não me falha a memória – o quinto episódio já tinha sido lançado. Vi todos em uns três ou quatro dias. Não ia ter nada novo até o sábado, e eu entrei num desespero tamanho que rapidamente arranjei o e-book do primeiro livro e comecei a ler. Quando assisti o sexto episódio, já tinha passado da metade. Na segunda-feira seguinte, já tinha terminado o primeiro livro. Antes mesmo do último episódio antes do horrível hiatus de seis meses (SEIS MESES!!!!!!) começar, eu já tinha começado a ler o segundo livro.

Eu poderia citar aqui uma lista tão enorme de motivos pelos quais livro e série são bons, que eu provavelmente perderia a atenção de vocês antes mesmo de chegar na metade. Outlander é o tipo de coisa que você esperou a vida toda pra ler e ver, e agora que chegou, você não consegue viver sem ele. É uma mistura muito louca de viagem no tempo, uma pitada de magia, aulas intensas de história e geografia e personagens muito, muito, muito amplos e profundos e complicados. Junte a isso uma trilha fantástica, a mão de ótimos diretores e cenários maravilhosos (no caso da série) e uma narrativa leve, mas intensa e detalhada (no caso do livro) e BINGO. Você nem vai saber o que te atingiu.

Ah, é. E tem o Jamie. Eu poderia falar mais sobre ele, mas a verdade é que o rostinho bonito nos gifs provavelmente já te deu todo o incentivo de que você precisava. Acredite, fica ainda melhor depois que você conhece o personagem – e ouve aquele sotaque irresistivelmente escocês. É paixão na certa.

E aí, tá esperando o quê pra ver também? Até Abril tem tempo pra você se atualizar! Fica a dica!

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