No dia 25 de Dezembro, whovians do mundo se ajeitaram em seus sofás pra assistir The Time of the Doctor e antecipar a chegada de Peter Capaldi, nosso 12º Doctor (ou não). Depois do especial de 50 anos (você pode tentar ler a minha review de 25km de comprimento clicando aqui) a expectativa era fechar as várias questões pendentes desde a 5ª temporada para dar prosseguimento ao plot do return-or-not-return dos Time Lords.
E não é que Moffat realmente conseguiu?
Num resumo dos acontecimentos, The Time of the Doctor começa com aquela sensação de que nada dos acontecimentos de The Day of
Após pedir ajuda ao Doctor para a) se passar por seu namorado para a família dela, e b) usar o vortex da TARDIS pra assar o peru de Natal mais rápido, Clara acaba seguindo o Doctor até uma nave-santuário da Papal Mainframe, uma igreja espacial comandada pela Madre Superiora Tasha Lem, que também está tentando decodificar a mensagem. Para ajudá-la, Doctor e Clara são teletransportados até uma pequena cidade chamada Christmas (a.k.a. Natal em inglês), localizada num território sagrado em que é impossível contar mentiras – dentro de um planeta chamado, vejam só, Trenzalore. Seguindo o sinal da mensagem, eles acabam numa pequena torre, onde, para o espanto do Doctor, eles encontram uma rachadura em uma das paredes – exatamente a mesma rachadura do antigo quarto de Amy Pond.
Logo fica claro para o Doctor que a mensagem vem, mesmo, de Gallifrey, presa em seu pequeno universo particular – os Time Lords estão tentando alcançá-lo através da rachadura, e basta que ele responda a pergunta (sinceramente, já que, na pequena Christmas mentir não é uma opção) para que os Time Lords consigam atravessar para esse universo. Problema resolvido, certo? Gallifrey salva, Time Lords de volta, tudo bonito – mas não. Tasha Lem não pode permitir que isso aconteça, pois todos os inimigos dos Time Lords estão à espreita, se reunindo para um ataque iminente – o retorno da civilização perdida de Gallifrey significará uma nova Time War, e isso eles não podem permitir.
Inicia-se, então, um longo cerco à pequena cidade. Já sabendo que suas regenerações se esgotaram e que seu destino é morrer em Trenzalore, o Doctor faz aquilo que o Doctor sempre faz: engana Clara para mandá-la de volta pra Terra (e faz isso duas vezes!! Tsc-tsc,
Mas após séculos de demora, eis que a TARDIS retorna e traz pendurada em si, ao maior estilo Jack Harkness de viajem, Clara, pronta pra tentar fazer o Doctor mudar de ideia; ela falha, é claro, e após ser novamente enganada, volta pra Terra, apenas para voltar para Trenzalore, pouquíssimo tempo depois, quando Tasha Lem surge, pilotando a TARDIS (River disapproves) e anunciando que o Doctor está morrendo, e deveria ter alguém ao lado dele nesse momento.
Tensões UP, começa o momento down do episódio.
Nos minutos finais de vida do Doctor, já um velhinho de centenas de anos e nas últimas, caindo aos pedaços mesmo, Christmas está completamente cercada. Clara implora mais uma vez que ele lute contra o destino e mude o futuro – mas ele não pode fazer nada. Já se regenerou doze vezes, e agora sua luta acabou. Ele vai enfrentar os Daleks uma última vez e se permitir morrer. Ele já viveu tempo demais.
E seus pedidos são atendidos.
Nosso Doctor ganha uma nova rodada de regenerações (como é uma pergunta que ainda ficou para ser respondida), e vem a sequência mais triste da história das regenerações, com um discurso particularmente avassalador de Matt Smith, que mais uma vez esfrega na cara da sociedade o ator espetacular que ele é, apesar de ter só trinta anos, e toda a simbologia (às vezes mais óbvia do que deveria) que marcou sua era sendo desfeita aos poucos. Enquanto escrevo esse post, estou lembrando da sequência e vendo gifsets no tumblr e estou chorando. ESTE É O NÍVEL. Caso você não tenha chorado o suficiente ao ver o episódio, relembre as últimas palavras de Matt Smith com o auxílio do nosso amigo tumblr:
Perguntas que foram respondidas neste episódio (agradecimentos especiais ao Denis Pacheco por ter feito esse resumo):
1) Quem explodiu a Tardis e criou as cracks no universo?
The Silence, padres geneticamente criados pra que ninguém se lembrasse deles – assim eles seriam os perfeitos confessores.
2) Quem criou The Silence?
Os religiosos da Papal Mainframe que se dividiram em duas facções, uma tentanto proteger o Doctor e impedir Gallifrey de voltar e recomeçar a Time War, e outra mais agressiva que explodiu a Tardis e criou a River Song (com quem ele totally married).
3) Qual era a da pergunta Doctor Who?
Era a mensagem dos Time Lords para atrair o Doctor e fazer com que ele os libertasse do pocket universe onde eles estão.
4) Mas e Trenzalore?
Trenzalore era a última crack, e por isso o futuro tumulo do Doctor.
Agora é esperar pra ver o que Peter Capaldi nos trará de novo na próxima temporada. Já sabemos que ele pelo visto não sabe pilotar a TARDIS, mas e de resto? 2014 nos dirá!
Eu mal posso esperar pra descobrir!
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