“Aos mestres, joguem RPG sempre que tiverem oportunidade, é importante conhecer o outro lado” – Diogo nogueira. (Definitivamente não é o sambista!)
Essa é uma boa dica para quem gosta de mestrar, jogue de vez em quando. Observe suas sensações durante a partida. O que poderia ser melhorado? O que o mestre poderia ter feito para aprimorar o divertimento? E por último, quais erros do narrador você também comete?
Atualmente estou jogando uma campanha do mundo das trevas e aprendi algo importantíssimo. Jogador sofre! Acabamos nos envolvendo com a história, tendo raiva dos vilões, torcendo para as coisas darem certo… okay, torcendo para pelo menos ALGUMA coisa dar certo! Os jogadores precisam ser recompensados pelo esforço, é necessário que aconteçam coisas boas também.
A primeira recompensa óbvia são pontos de experiência. Isso acho que todo mundo já faz muito bem.
Em seguida vem os itens mágicos. No sistema D&D por exemplo, sem itens mágicos os jogadores não conseguem enfrentar inimigos do seu ND. É muito simples, ou o mestre concede os itens adequados ou não usa aquelas preciosas tabelas. Não sei vocês, mas eu uso muito. Exemplo: Eles são nível 6, então o chefe é ND 8. Devorador de mentes? Interessante mas não. Ente? Tem um druida no grupo, vai resolver na conversa. Ogro mago? Hum, ele estaria aliado aquele vilão, não consegue enfrentar os aventureiros em confronto direto, poderia enfeitiçar um deles causando uma traição no último momento, gostei. Aventura pronta.
Mas essas recompensas são óbvias, elas fazem parte da mecânica do jogo, o jogador precisa de mais. O personagem pode ser recompensado na história, se tornar um herói reconhecido, o novo príncipe da cidade ou receber um título de nobreza.
Um dia narrei algumas aventuras com a seguinte temática: “Vocês são fortes”. O grupo era nível 10 e chegaram na cidade separados. O anão protetor foi salvar um plebeu da milícia corrupta, derrotou 8 guardas e foi chamado pelo regente para liderar a força armada da cidade. O bárbaro se aliou a um ladino NPC, entrou na fortaleza de um dos nobres e destruiu tudo, vários inimigos, um golem e um mago. Tomou a fortaleza para si. O clérigo foi negociar com o bárbaro em sua nova fortaleza, as magias de adivinhação poderiam localizar a tribo do bárbaro. Tinham sido escravizados. Mas claro, tudo tem um preço. E assim por diante, o pessoal se divertiu muito.
Essa é a sugestão dessa coluna, esqueçam as dificuldades de vez em quando, criem cenas para mostrar a força dos personagens, o quanto evoluíram e o quanto são superiores aos seres correspondentes (humanos, vampiros, lobisomens…) normais. É diversão garantida.
Uma dica simples e necessária, geralmente nós mestres só queremos saber de fustigar os aventureiros.