Saudações! A escolha por um sistema de jogo normalmente é o que fará com que você encontre a sua “tribo” e de vida àquele personagem que está dentro de você. Afirmo isso, pois logo após a pergunta “Vc, joga RPG?” vem à questão “O que vc joga?”
Fazendo uma breve explicação, o sistema de jogo nada mais é do que um conjunto de regras utilizadas para nortear o grupo de jogadores durante uma sessão, aventura ou campanha. Falando especificamente do RPG Clássico ou de mesa, saber qual o sistema de jogo a ser utilizado é fundamental para o bom andamento de uma partida, pois através dele os participantes poderão criar suas fichas e saber os limites de seus personagens. Todas as normas são construídas baseadas em fórmulas matemáticas, que possibilitam ao jogador obter o resultado de algum tipo de ação, além é claro de regulamentar os tipos de movimentação, a quantidade de perícias, as habilidades, os traços pessoais, os talentos/vantagens, as desvantagens, as dificuldades, a quantidade de vida, o tempo de duração de uma rodada e etc. Espero que o este parágrafo tenha sido claro em mostrar a importância deste tópico para o RPG.
Geralmente, durante a criação da fórmula base do sistema, os criadores tendem a decidir qual dado será utilizado para dar aleatoriedade aos resultados, exato saiba você que a quantidade de dados existentes é bem mais vasta do que os dados de seis faces (D6) disponibilizados nos mais tradicionais jogos de tabuleiro. Tradicionalmente um RPGista possui os dados necessários para o jogo que fará parte, para o Dungeon and Dragons (D&D) , por exemplo, o player deverá rolar um D20 para a maioria dos seus teste. Além dos números existe dados para indicar humor, clima, direção cardeal, reação de NPCs entre outros. Fazendo uma busca simples pela internet é possível ter uma ideia da diversidade destes artigos.
Aliado a escolha do sistema está à ambientação de jogo, o que normalmente é chamado de cenário (referência ao teatro). Geralmente as editoras responsáveis pelos sistemas tendem a sugerir (mesmo que de forma sutil) a melhor ambientação para aquele estilo de jogo, algumas inclusive lançam vários suplementos com diversos cenários. Outra prática comum é utilizar da fórmula de um sistema e adapta-la para um novo ambiente, seja este publicado ou criado pelo próprio mestre! Neste ponto abordo a imaginação, se leram meu primeiro post devem ter percebido que fiz uma nota quanto a este quesito, pois bem! Não negarei a importância da imaginação para um RPGista clássico e realmente acho que a maioria escolhe participar de grupos por precisarem interagir com essa realidade que está em sua mente, porém há hoje inúmeras possibilidades para auxiliar aos que tem dificuldade de se desprender do cômodo onde a sessão está sendo jogada. Na próxima semana falarei sobre o papel do mestre e como ele pode ajudar seu grupo a soltar a imaginação e enfrentar todos aqueles desafios! Até mais!
“Num filme o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação.” – Charles Chaplin