Vídeos Segunda, Quarta e Sexta.   SE INSCREVA

Search

Um basta aos jogos depressivos

Depois de jogar grandes títulos como The Last of Us e o reboot de Tomb Raider, eu parei pra pensar como a indústria dos videogames esta tão sexualmente atraída por pessoas sujas sendo f*didas por todos os lados possíveis.

É uma tendência grande nesses dias de que os jogos tem que ser realistas, tem que mostrar a violência como ela é, tem de desenvolver seus protagonistas por pura violência e rancor. Outra coisa, inserida nesse meio, que me incomoda é a tonalidade marrom das coisas. Não vemos mais jogos coloridos, vibrantes, com artes de encher os olhos, não, hoje só vemos níveis de marrom, esgotos, fábricas abandonas, sujeira, é quase como se Silent Hill tivesse tomado a mente de todos os desenvolvedores.

Estou impressionado, Lara, mas pelos motivos errados

Não me entenda mal, os dois exemplos que dei no começo do texto são ótimos jogos, dos quais passei boa parte do meu tempo livre jogando em 2013, o problema é que são tão entediantes que diminuem drasticamente o fator “diversão” que supostamente deveríamos ter. Lembro-me de já ter dito que, mesmo em um survival horror como The Last of Us, nós nos divertimos de certo modo, diversão é uma parte essencial da experiência dos videogames e esses jogos torturam e quebram essa diversão assim como fazem com seus personagens.

É por isso que achei Bioshock Infinite e até mesmo GTA V mais interessantes que The Last of Us, apesar deste contar uma incrível história, fica muito apoiado nessa temática depressiva, pouco uso de cores e, claro, os zumbis. Por outro lado, temos uma cidade voadora que é colorida até à noite e três rejeitados barbarizando áreas urbanas e rurais extremamente variadas e com pequenos detalhes.

Senhor, em quem eu devo atirar, senhor? Todo mundo parece igual!

Quando pedimos por uma protagonista feminina forte, não estamos pedindo, necessariamente, por uma mulher fisicamente indestrutível, porque pelas coisas que acontecem com Lara em Tomb Raider, esta moça só pode ter feito um pacto com o capiroto pela imortalidade. Os jogos antigos da série abusavam e usavam Lara e seus peitos enormes como forma de “sexualização”, porém, neste reboot, essa ferramenta pode aparentar não existir, mas esta lá da forma mais desagradável possível, apenas repare nos gemidos que a heroína solta ao se chocar inúmeras vezes contra o cenário e lembre-se daquele material adulto que você tem escondido numa pasta nos confins do seu HD.

Veja bem, um game pode contar uma história incrível sem ser, necessariamente, algo depressivo de se ver. Por mais que a Nintendo esteja (muito) ruim das pernas, é inegável que ela ainda faz os jogos mais divertidos dentro dos consoles. Nos PC’s você consegue achar muitos jogos divertidos e interessantes também. Tendências são prejudiciais e criam um medo de inovação, de pensar fora da caixa e as múltiplas tendências negativas da indústria dos games estão destruindo o fator diversão, que deveria ser o maior atrativo dela em primeiro lugar. Por favor, façam mais jogos coloridos e felizes, mesmo que seja pra pintarmos ele de sangue mais tarde.

Sair da versão mobile