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“Uma Segunda Chance Para Amar” não é sobre uma relação amorosa entre um casal

O filme “Uma Segunda Chance Para Amar”, com a brilhante Emilia Clarke no papel principal, só não é um típico filme de natal por um motivo. E vou contá-lo durante essa resenha. 

Com a direção de Paul Feig, o filme narra a história de Kate, interpretada por Emilia Clarke, perdida e sem ter encontrado a profissão dos sonhos. Kate trabalha em uma loja natalina atípica: tem essa temática o ano inteiro. Na loja, é possível encontrar qualquer enfeite, estranho ou não, de Natal. 

Em um de seus dias confusos, ela encontra Tom (Henry Golding) e é aí que começa a história de amor que o filme aborda. 

A narrativa é dividida em mostrar a história romântica entre o casal e a relação -bem estranha- de Kate com os familiares e amigos. Até esse ponto, ainda é um típico filme de Natal. Típico e clichê, a mocinha encontra o amor verdadeiro e as peças da vida vão, aos poucos, se encaixando.

  No entanto, o motivo de Kate e Tom terem se encontrado é o que o torna diferente de outros filmes de Natal. É o motivo que oferece diversas reflexões após os créditos do filme. A partir desse momento, é possível compreender algumas ideias: a figura de Tom realmente é a pessoa que a incentivou ser melhor? ou o filme conversa sobre autoconhecimento, amor próprio e saúde mental? 

Mesmo que seja um filme água com açúcar, como pede o enredo de romances natalinos, trazer em cena discussões sobre doação de órgãos e voluntariado, por exemplo, desperta em quem assiste aquilo que Kate fala em sua apresentação no Show de Talentos de final de ano: não somos sortudos por estarmos vivos, mas por podermos ajudar uns aos outros. 

Em resumo, o filme não aborda uma história de romance entre um homem e uma mulher. Ele reflete sobre como a diferença de ajudar alguém pode fazer na vida de uma pessoa. 

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