Baseado em “A Tempestade” de Shakespeare, quando a Terra se cansa dos abusos da humanidade ao longo dos séculos e a civilização corre risco de extinção, dois garotos comuns se envolvem nesta guerra pelo futuro do planeta.
O resumo acima é da editora JBC. Se o enredo fosse só isso, já ia ser difícil de explicar, então senta que lá vem história.
O volume 1 de Zetsuen no Tempest começa com uma garota saindo de um barril em uma ilha completamente deserta. Essa garota é Hazake Kusaribe, e ela é nada mais, nada menos que uma maga. Não bastando ser maga, é a mais forte do seu clã de todos os tempos.
Acontece que nem tudo são flores na vida da Hazake, apesar de todos seus atributos, está bem ferrada. Isto porque ela não está na ilha por vontade própria: foi exilada, traída pelo próprio clã. Na real, foi um cara, Samon, que armou tudo, mandou a coitada pra lá e agora está num plano de destruir tudo que existe em busca de poder.
Nisso conhecemos Yoshino Takigawa, um adolescente normal que está ligeiramente preocupado com seu amigo de longa data, Mahiro Fuwa, que sumiu há aproximadamente um mês (não sei que tipo de amizade é essa que seu brother some por um mês e você nem se importa, mas ok, vida que segue).
Há um ano toda família do Mahiro foi assassinada, incluindo sua irmã Aika, de quem ele gostava muito. Ao visitar o túmulo deles, Mahiro e Yoshino acabam se encontrando e aí ficamos sabendo que o mundo está completamente fora dos eixos, e que Mahiro e Hazake se uniram para tentar colocá-lo em ordem novamente.
Mas, nada é de graça, muito menos a salvação do planeta. Em troca de ajuda, a maga ofereceu a Mahiro a chance de descobrir quem matou Aika e se vingar.
Daí pra frente eu acho que vira spoiler e a trama tem tanto rolo que eu não consegui explicar nem metade de tudo que se passa.
“O mundo está fora dos eixos. Oh! Maldita sorte! …Por que nasci para endireita-lo?” Hamlet IV.
Zetsuen no Tempest é um mangá inspirado e cheio de citações a duas obras e Shakespeare: A Tempestade e Hamlet. O mais legal é que nada disso ocorre forçosamente, as referências se encaixam no tempo e na história, além de complementá-la.
Não sou grande entendedora de Shakespeare (infelizmente), mas sei que em Hamlet o próprio tem de buscar vingança pela morte de seu pai, e isto o perturba bastante. O mesmo tema permeia A Tempestade, mas esta também fala de amor, conspirações, reconciliação, lealdade.
E essa é a base de Zetsuen no Tempest. Acompanhamos Mahiro e seu desejo de punir quem lhe fez mal, traçado de maneira melancólica, porém sólida, que em momento algum vacila. Também vemos isso em Hazake, que perdeu seu posto de liderança e controle e que agora necessita recuperá-lo.
Apesar de toda a magia retratada no mangá, toda a simbologia que carrega, ele é realmente e basicamente sobre vingança.
Eu achei ZnT uma bela surpresa, pois tem um enredo interessante (às vezes, até com informação demais pra saber e lembrar, mas aos poucos tudo vai se ligando) e acho que nos volumes seguintes já vai dar pra esclarecer as dúvidas.
Sabendo dosar a tristeza com aquele humor oriental que a gente já sabe como é, o mangá só tem coisa boa a oferecer.
P.S.: Descobri que também tem um anime e o prints de tela que vi são bem bonitos e a história fiel. Deve valer a pena.
O Destruidor da Civilização | Ano: 2015 | Páginas: 220 | Idioma: português | Editora: JBC
Baci ;*
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O anime e o mangá são ótimos. Vc deveria assistir, tem uma trilha sonora perfeita
Obrigada pela dica1